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Pais perderam custódia do filho por recusarem tratá-lo com quimioterapia

Nos Estados Unidos, um tribunal retirou aos pais a custódia de uma criança diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda, justificando a decisão com o “risco substancial de negligência”.

Um juiz da Flórida, nos Estados Unidos, retirou aos pais a custódia de uma criança de quatro anos, diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda, depois de o casal ter recusado tratar o filho com quimioterapia. O juiz Thomas Palermo justificou a decisão com o “risco substancial de negligência“.

Segundo o Público, a advogada dos pais diz que estes estão “absolutamente devastados” e que a criança está a atravessar “uma experiência médica traumática sem os pais”. Em cima da mesa está a hipótese de recorrerem da decisão.

A criança foi afastada dos progenitores em maio deste ano, na sequência de uma busca policial desencadeada pelo facto de não ter cumprido as sessões de quimioterapia no hospital. Joshua McAdams e Taylor Bland-Ball fugiram com a criança para não fazerem a quimioterapia e adotarem estratégias alternativas, que incluíam canábis, água alcalina e terapia de oxigénio.

O rapaz cumpriu apenas duas sessões de quimioterapia. No Facebook, a mãe disse que o filho estava curado poucas semanas após ter sido diagnosticado, fazendo referências a algumas terapêuticas caseiras, como a utilização de várias ervas, chás e outros produtos que, segundo a própria, tinham contribuído para a recuperação “milagrosa” do filho.

https://www.facebook.com/taylornbland1/posts/2296756743721964

Dias após a publicação, a criança era procurada pelas autoridades. “Os pais recusaram-se a prosseguir com o acompanhamento médico que esta criança precisa”, lia-se no aviso das autoridades. Horas depois, a família foi localizada em Georgetown, Kentucky. O menino passou a receber tratamento hospitalar e os pais a serem investigados por negligência.

Os progenitores defenderam o direito de escolher a estratégia de tratamento para o filho, um argumento que recolheu muitos apoiantes que acusado o Estado de “rapto médico“.

Em maio, ficou decidido que a criança faria a quimioterapia como principal forma de tratamento e que os pais poderiam experimentar outras alternativas. O menor ficaria, contudo, aos cuidados da avó.

ZAP //

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