Apesar de reconhecer que há 3 milhões de euros em atraso, Pais do Amaral garante que não está nos maiores devedores “tóxicos” do Montepio.
Um grupo de 50 empresários concentra os principais “calotes” que estão no balanço do Banco Montepio.Estes 50 clientes são responsáveis por 700 milhões de euros em dívudas de risco que estão no balanço do banco liderado por Dulce Mota.
Segundo a edição desta segunda-feira do Público, Miguel Pais do Amaral está incluído na lista, mas o empresário garante que a notícia “não corresponde à verdade”.
O empresário reconhece que há duas empresas que controla que têm valores em dívida, mas afirma que os valores apontados na notícia estão errados.
Ao Observador, Pais do Amaral esclareceu que a AHS Investimentos SGPS, que avançou para uma reestruturação em 2017, “deve 5 milhões de euros, mas estão em dia”; e a Grey Part tem 3 milhões de euros em atraso, “mas garantidos por um valor de ativos muito superior”. Esta última dívida “estará resolvida em junho”, assegura ainda.
A notícia do Público referia um total de 23 milhões de euros de dívidas em atraso, o que colocaria o empresário no topo da lista do malparado do Montepio.
De acordo com a notícia desta segunda-feira, apenas 10 clientes estão na origem de 40% dos créditos mais ruinosos para o banco, que poderá estar prestes a reconhecer perdas no valor de 400 milhões de euros.
Um dos nomes mais surpreendentes que surge na lista é o do construtor José Guilherme, o mesmo que deu a “liberalidade” de 14 milhões a Ricardo Salgado.
Nas vésperas do colapso do BES, o construtor obteve 28 milhões de euros do banco então liderado por António Tomás Correia – um caso que esteve na origem de mais uma contraordenação recente por parte da CMVM ao Montepio.