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Pai condenado a pagar 4700 euros por agredir professor da filha

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Clonny / Flickr

O pai de uma aluna do 4.º ano foi condenado a pagar um 3300 euros em duas multas, devido a agressões a um docente, e ainda uma indemnização ao professor no valor de 1400 euros.

O pai de uma aluna, que frequentava no ano passado o 4.º ano do ensino básico numa escola de Valongo, foi condenado na semana passada a pagar 3300 euros em duas multas, por ter empurrado o professor da filha numa sala de aula em frente aos restantes alunos, ter passado com o carro por cima do pé do docente e por tê-lo insultado diversas vezes.

Além disso, segundo o Público, o tribunal de Valongo obrigou ainda o pai da menina a pagar uma indemnização de 1400 euros ao professor por danos materiais e morais.

De acordo com a sentença, a que o dário teve acesso, o primeiro episódio de violência ocorreu em 28 de setembro do ano passado. Nesse dia, quando o pai foi buscar a filha à escola, constatou que a mesma estava magoada, tendo pedido para falar com o professor.

Por via de uma funcionária, o docente disse que não o podia receber porque ia começar uma aula, mostrando-se disponível para o fazer mais tarde. Revoltado com a resposta, o pai entrou na escola e dirigiu-se à sala dos professores, onde insultou o professor, chamando-o de “filho da puta”, “bandalho”, “incompetente” e “delinquente”.

Depois, dirigiu-se para a sala onde este ia dar a aula com vista a recuperar um papel relacionado com o que tinha acontecido e que a filha entregara ao docente. O professor recusou devolver o papel.

“Face ao que o arguido irrompeu pela sala de aulas e, na presença da sua filha e dos preditos alunos, empurrou o assistente contra o estrado do quadro da sala de aulas, este embatendo no mesmo com os tornozelos”, lê-se nos factos dados como provados pelo tribunal.

Já o segundo episódio de violência ocorreu cerca de mês e meio mais tarde, à porta da escola. Os pais da menina conversavam junto ao seu carro com a coordenadora do estabelecimento de ensino e, ao aperceber-se da presença do professor, o pai direcionou a viatura e “passou com a mesma junto do seu corpo, atingindo” com uma roda um dos seus pés.

Na base do conflito estava o facto de os pais acusarem o docente de “má prática pedagógica” e de discriminar a filha, sua aluna desde o primeiro ano, adianta o Público.

O pai chegou, inclusivamente, a apresentar, já depois do primeiro episódio de violência, uma exposição à Inspeção-Geral de Educação e Ciência e outra à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, além de dois pedidos de esclarecimento e de instauração de medidas disciplinares à direção do agrupamento.

O tribunal destaca, sobre este aspeto, que não cabe ao pai da criança apreciar o mérito do professor, nem avaliar a responsabilidade da escola nos ferimentos da menina, que frequenta atualmente o 5º. ano numa escola de dança integrada no ensino articulado.

ZAP //

16 Comments

  1. Não o conheço mas pela descrição é bem possível que seja mais um psicopata de valongo com distúrbios obvios mentais. E ainda dizem que se vive numa grande civilização num país de brandos costumes! Olha se não tivesse.

      • “Então ainda não estás” no esgoto? Vc abusa do tintol e julga que está a falar com a sua famelga! Onde estou ou dexo de estar não é da sua parvoíce mas estou bem a milhares de km da sua espelunca.

      • Caro Alex, digo-lhe novamente, responder com ataques pessoais apenas denota falta de capacidade argumentativa. Por favor seja coerente e experimente fazer comentários públicos online sobre o que está mal na democracia vibrante onde vive e deixe-nos em paz aqui na “espelunca”.
        Obrigado e cumprimentos.

  2. Tem que se apurar responsabilidades de ambas as partes caso hajam, mas os pais têm que começar a sofrer com multas pesadas o facto de não serem pais e esperarem que a escola passa a ter a função dos pais!
    Só assim começa-se a colocar as responsabilidades nos devidos sítios e começa-se a educar uma sociedade que deixou de ter educação e respeito por liberdade a mais!

  3. Só isso de indemnização ao professor? Devia de ser pelo menos 3 vezes mais e talvez assim acabassem c/ esta palhaçada, falta de respeito que os pais de hoje têm p/ com a classe educação. Como é possível este tipo de situações. Isto é educação? NÃOOOOO . Hoje em dia os pais não educam antes pelo contrario. Porque educar dá trabalho e desgasta energias. Não pensam no dia de amanhã que vão colher o que estão a semear.

  4. Deus queira que não tenham que passar pelo que estes pais tiveram que passar. Nada justifica a violência de qualquer parte, seja dos professores ou dos alunos. Mas os professores são sempre protegidos e os alunos vitimizados, esses são sempre esquecidos e vivem muitas vezes em sofrimento e abusos constantes por parte de um(a) ou outro(a) professor(a). São classes que se protegem uns aos outros, médicos, professores e juízes. Muitas vezes são intocáveis como se pode constatar, muitas queixas fizeram os pais, mas nada aconteceu – é o habitual!

    • “Mas os professores são sempre protegidos…”!
      O quê?!
      Tu és um caso de estudo porque consegues sempre dizer o contrário da realidade!!!
      Andas mesmo com essa cabecinha toda baralhada!…
      Então agora o professor é que é o “bandido” e o pai agressor o “santinho”?!
      Bem… espero que não te reproduzas, senão vai ser bonito!…

  5. O tribunal destaca: não cabe ao pai avaliar o mérito do professor !! Cabe aos professores à escola e ao tribunal … quando o mérito deverá ser objectivamente mensurável, mas aí o protagonismo dos outros esvai-se. Destaca ainda o tribunal que não cabe ao pai avaliar a responsabilidade da escola ! cabe ao tribunal naturalmente e se assim não fosse, lá se ia o protagonismo do pessoal do tribunal. E como é que o tribunal aprecia a responsabilidade ? Chamando especialistas, podendo o pai ser um especialista na causa, mas isso não interessa.
    Para chegar a este epílogo, algo deverá ter corrido mal com a aluna, com o professor e com a escola, ou na última das hipóteses com o pai da aluna

  6. Reprovando à partida a acção do pai da criança, também não me parece pelo aqui descrito que a atitude do professor tenha sido a melhor ao recusar-se de imediato a prestar esclarecimentos ao pai da criança, também a tomada de posição do tribunal me parece completamente irresponsável e nada apaziguadora entre as partes. Os pais têm de ser exigentes e responsáveis para com os filhos, infelizmente muitos deles são simplesmente uns agitadores sem um mínimo de respeito ou educação, mas também não se pode admitir que haja um ou outro professor que enverede pelo mesmo caminho ou caso contrário que se remeta ao silêncio quando um menino ou menina começa a ultrapassar os limites do razoável, aqui há que actuar pondo os pais ao corrente ou casos mais graves chamando as autoridades.

  7. o pai da criança pode ter capacidades, pois não se sabe qual a profissão do pai, imagenemos que o senhor é tambem professor mas em outra escola. Atenção que isto é apenas suposições, na verdade é importante referir que começando pelo ducente a própria escola entidades para onde o encarregado de idocação enviaram correspondencia e tambem o tribunal são todos elementos da função publica e o publico está é para tramar o particular, ou seja o contribuinte

  8. O que é visível ao ler estes comentários é que há muita gente a falar, diga-se a escrever, sobre educação e nem escrever sabem, pois são tantos os erros…

  9. Bater num professor ou faltar-lhe ao respeito é crime e ponto final! Fazer averiguações será sempre partindo deste principio.
    Há aqui algum pai ou mãe que pense de outra maneira?
    Então que seja esse muito bem vigiado, a fim de serem evitados crimes deste gênero.

  10. Infelizmente e mais uma vez se comprova que a violência juvenil é, frequentemente, uma consequência de uma má educação na família. É imperioso que o ministério da educação dê maiores poderes (isto não significa, permitir violência)aos professores, que infelizmente são cada vez mais menosprezados (eu sou o que sou, devido aos meus pais e irmãos, isto é à minha família e incluo aqui os meus professores, desde a primária (quiçá o que melhor molda o futuro escolar dos alunos) e até ao fim dos estudos universitários. Não me espanta muito que qualquer dia isto ainda venha a ocorrer nas escolas de ensino universitário.

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