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Paços vs FC Porto | Castores impõem primeira derrota ao líder

Sem poder contar com Marega, Danilo, Soares e Herrera, o FC Porto averbou a primeira derrota na Liga em Paços de Ferreira, onde perdeu por 1-0.

O FC Porto averbou a primeira derrota na Liga NOS. O “dragão” deslocou-se a Paços de Ferreira sem muitas das suas habituais opções – por lesão, casos de Alex Telles, Moussa Marega, Danilo Pereira e Tiquinho Soares, ou por castigo, como Herrera -, e perdeu por 1-0, golo apontado na primeira parte pelo central Miguel Vieira.

Num terreno muito pesado pela muita chuva que caiu na região, os “castores” adaptaram-se melhor às condições e foram mais eficazes no ataque, com os portistas a realizarem muitos remates desenquadrados.

Num dos poucos que acertou na baliza, Mário Felgueiras defendeu um penálti de Yacine Brahimi. Este resultado relança o campeonato, ficando agora o Porto com apenas mais dois pontos do que o Benfica. O Sporting aguarda pela visita a Chaves, nesta segunda-feira, para fazer as suas contas.

O Jogo explicado em Números

  • Início de jogo algo repartido, com o FC Porto a registar 54% de posse nos primeiros dez minutos, mas com o único remate enquadrado a pertencer ao Paços de Ferreira, embora de fácil resolução para Iker Casillas. Nesta fase os portistas dispuseram de dois pontapés de canto.
  • Terreno muito pesado e muita água no relvado, a complicar a circulação de bola. Por volta dos 20 minutos, a eficácia de passe do Paços não passava dos 55% e a do Porto situava-se nos 60%. O jogo era de luta e não de recorte técnico.
  • A meia-hora chegou sem oportunidades claras de golo. Ambas as formações registaram três remates, mas apenas o Paços tinha enquadrados, mais concretamente dois, enquanto o “dragão” não havia ainda acertado com a baliza de Mário Felgueiras. Jesús Corona, com dois dribles eficazes, um passe para finalização e quatro recuperações de posse, destacava-se dos demais.
  • Essa maior eficácia de remate do Paços deu frutos aos 34 minutos. Numa jogada de insistência, Filipe Ferreira cruzou rasteiro da esquerda e o central Miguel Vieira desviou para o 1-0, perante um desamparado Casillas. Um tento que surgiu ao quinto disparo pacense, terceiro enquadrado.
  • Surpresa na Capital do Móvel ao intervalo, com o Paços de Ferreira em vantagem por 1-0 frente ao FC Porto.
  • Num jogo com muitas ausências no “dragão” devido a lesões e castigos, e numa noite chuvosa que deixou o terreno muito pesado, os homens da casa parecem ter-se adaptado melhor às condições difíceis e foram mais competentes no ataque na etapa inicial, com um golo em cinco remates, sendo três deles enquadrados.
  • O Porto teve mais bola (56%), mas dos cinco remates, só um foi na direcção da baliza de Mário Felgueiras, e até no passe os portistas estiveram mal, com apenas 67% de eficácia. O melhor nesta fase foi o central Miguel Vieira, com um GoalPoint Rating de 6.1, fruto do golo que marcou, mas também dos sete alívios que realizou.
  • Muitas dificuldades para o Porto construir lances ligados de ataque. À passagem da hora de jogo os “dragões” dominavam ainda mais os acontecimentos, com 67% de posse de bola nos primeiros 15 minutos após o descanso. Mas as duas equipas só haviam rematado uma vez neste período, sem a melhor direcção.
  • A pressão portista era intensa e, aos 66 minutos, o árbitro assinalou falta sobre Felipe na grande área pacense. Na conversão da grande penalidade, Yacine Brahimi permitiu a defesa de Mário Felgueiras, naquele que era o segundo remate enquadrado portista no jogo.
  • O jogo era do Porto. Aos 70 minutos a posse de bola era de 74%, referente à segunda partem, e os “azuis-e-brancos” registavam quatro remates, um enquadrado, o do penálti, mas faltava competência na frente de ataque. A mesma competência faltava ao Paços no capítulo do passe, pois no segundo tempo registava nesta altura apenas 44% de eficácia, o que não lhe permitia sacudir a pressão contrária.
  • Excelente jogo do central pacense Rui Correia. Por volta dos 80 minutos, o defesa registava 20 acções defensivas, sendo nove intercepções e oito alívios, para além de dois bloqueios de remate.
  • A intensa procura do golo por parte dos portistas ficava patente nos pontapés de canto. Perto do fim, os “dragões” registavam 13, oito na primeira parte e cinco na segunda.

O Homem do Jogo

Se ganhar ao líder da Liga NOS, que ainda não tinha perdido qualquer jogo a nível interno, já é um feito relevante, fazê-lo sem sofrer golos confere ainda mais brilho. Para o conseguir, o Paços bem pode agradecer ao seu guarda-redes, Mário Felgueiras.

O guardião dos “castores” foi o melhor em campo, pois fez quatro defesas, nos únicos remates enquadrados do FC Porto, e uma delas travou uma grande penalidade cobrada por Brahimi. Felgueiras realizou ainda três saídas pelo solo, sendo duas eficazes, e terminou com um GoalPoint Rating de 7.2.

Jogadores em foco

  • Miguel Vieira 6.1 – O outro herói dos pacenses. Se Mário Felgueiras manteve a sua baliza inviolada, o central Miguel Vieira também ajudou nesse objectivo e, ao mesmo tempo, foi lá à frente marcar o único golo do encontro. Vieira fez ainda 12 acções defensivas, nove delas alívios.
  • Rui Correia 6.6 – O outro central do Paços esteve também em grande. Realizar 22 acções defensivas num só jogo é obra e Rui Correia conseguiu-o – entre elas dez alívios e nove intercepções.
  • Diogo Dalot 6.1 – O jovem lateral-esquerdo do Porto foi o melhor da sua equipa, o que acaba por ser reflexo da ineficácia ofensiva dos “dragões”. Dalot criou uma ocasião flagrante, fez quatro cruzamentos, dois deles enquadrados, teve sucesso em dois de três dribles e colocou a bola dez vezes na área contrária.
  • V. Aboubakar 6.0 – O camaronês foi dos que mais tentou remar contra a maré, mas sem grande clarividência. Foi quem mais rematou em todo o jogo, quatro vezes, mas apenas enquadrou um disparo, e destacou-se nos duelos aéreos, ganhando a totalidade dos cinco que disputou. Porém, foi curto.
  • Ricardo Pereira 5.9 – O lateral bem tentou empurrar a equipa para a frente, mas teve pouca correspondência nos colegas. O português criou uma ocasião flagrante em dois passes para finalização, fez seis cruzamentos (nenhum eficaz) e foi quem mais acções com bola somou (94).

Resumo

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