Oxigénio para 96 horas. Corrida contra o tempo para encontrar submarino desaparecido

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Titan, o submarino da OceanGate desaparecido numa visita ao Titanic

A Guarda Costeira dos EUA estima que as reservas de oxigénio do submarino da OceanGate que desapareceu este domingo devem durar no máximo 96 horas. Um dos turistas desaparecidos é o bilionário britânico Hamish Harding.

As reservas de oxigénio do submarino que desapareceu misteriosamente numa visita turística ao local do naufrágio do Titanic devem durar no máximo cerca de 4 dias, estima a Guarda Costeira dos EUA, citada pela BBC.

Entre os desaparecidos já identificados encontram-se o bilionário britânico Hamish Harding, o piloto do submarino, Paul-Henry Nargeolet, e Stockton Rush, CEO e fundador da OceanGate, operadora turística responsável pela expedição.

O submersível da OceanGate, que levava três passageiros e dois tripulantes, desapareceu sem explicação no domingo, estando em curso uma operação de busca e resgate pela Guarda Costeira dos EUA com ajuda do Canadá.

“Estamos à procura do submarino”, disse à agência AFP um membro do Centro de Coordenação de Resgate da Guarda Costeira de Boston.

O último contacto com o submersível ocorreu cerca de uma hora e 45 minutos após a embarcação ter submergido, no domingo de manhã, acrescentou a guarda costeira, que estima que o submarino tenha uma reserva de oxigénio de emergência para 70 a 96 horas.

Quem são os desaparecidos

Um dos desaparecidos no submarino da OceanGate, chamado Titan, é o bilionário e aviador britânico Hamish Harding, de 58 anos, presidente da Action Aviation, empresa que oferece uma gama variada de serviços na área da aviação de negócios.

No domingo, Harding publicou na sua conta no Instagram que estava orgulhoso de finalmente anunciar que ia “participar na expedição ao RMS Titanic como especialista de missão no submarino”.

O bilionário acrescentou que, devido às condições meteorológicas na região de Newfoundland, no Canadá, esta seria “provavelmente a primeira e única missão tripulada ao Titanic” em 2023.

Outra pessoa que é dada como estando a bordo do submarino desaparecido é Paul Henry Nargeolet, ex-comandante da marinha francesa durante 25 anos e piloto de submersível.

Nargeolet liderou várias expedições ao local do naufrágio do Titanic e supervisionou a recuperação de 5.000 artefactos dos destroços.

Entre os desaparecidos encontra-se também Stockton Rush, CEO fundador da própria OceanGate, empresa fundada em 2009 e especializada na organização de expedições turísticas a locais de naufrágios e desfiladeiros a grande profundidade — um projeto que Rush compara à indústria emergente de turismo espacial.

Numa entrevista à Sky News, em fevereiro, Rush descreveu a sensação de visitar os destroços do Titanic. “O que realmente nos surpreende é a sua beleza. Normalmente não vemos isso nos restos de um naufrágio. É incrivelmente belo“, disse Rush.

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Localização do naufrágio do Titanic

Com uma lotação máxima de cinco pessoas, o submarino leva habitualmente o piloto, três convidados e o que a empresa chama de “especialista em conteúdo”.

Os clientes não precisam de qualquer experiência prévia de mergulho, mas existem “algumas exigências físicas, como ser capaz de embarcar em pequenos barcos em mares agitados.” Um mergulho completo até o naufrágio, incluindo a descida e a subida, leva cerca de oito horas.

O Titanic, o maior navio da sua época, atingiu um iceberg na sua viagem inaugural de Southampton a Nova Iorque em 1912. Dos 2.200 passageiros e tripulantes a bordo, mais de 1.500 morreram.

ZAP //

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