Ovulação completa em tempo real foi filmada pela primeira vez

Christopher Thomas, Tabea Lilian Marx et al. / Max Planck Institute for Multidisciplinary Sciences

Um óvulo maduro depois de ter sido expulso de um folículo durante a ovulação, fotografado em alta resolução num microscópio. O óvulo pode ser visto como um pequeno círculo roxo na parte superior central da imagem.

Os cientistas conseguiram filmar, pela primeira vez, o processo pelo qual os óvulos são libertados dos ovários durante a ovulação. O momento foi captado com um pormenor sem precedentes.

Uma ovulação completa em tempo real foi filmada pela primeira vez com um pormenor extraordinário.

A captação deste processo pelo qual os óvulos são libertados dos ovários durante a ovulação foi feita à margem de um estudo publicado recentemente no Nature Cell Biology.

No vídeo, vê-se um óvulo maduro de ratinho a ser expelido de forma explosiva do seu saco cheio líquido – conhecido como folículo – para uma placa de laboratório.

 

Como explica a Live Science, à margen do mesmo estudo os folículos foram depois isolados de ratos e cultivados em placas de Petri, sendo depois induzidos a ovular com hormonas específicas.

Esta técnica permitiu aos investigadores observar a ovulação, que ocorre de maneira similar em humanos e ratinhos.

Normalmente, as mulheres em idade fértil libertam um óvulo maduro dos ovários para as trompas de Falópio por volta do 14.º dia do ciclo menstrual (28 dias), depois ser fertilizado; ou levando à menstruação, se não ocorrer fecundação.

Os cientistas têm-se esforçado, desde há anos, por estudar os mecanismos que controlam a ovulação nos organismos vivos, uma vez que o processo ocorre nas “profundezas do corpo”.

Melina Schuh, uma das autoras do estudo e diretora do Instituto Max Planck de Ciências Multidisciplinares, na Alemanha, destaca a robustez do processo de ovulação, que opera de forma independente do resto do ovário.

“As nossas descobertas mostram que a ovulação é um processo extraordinariamente robusto. Apesar de um estímulo externo ser essencial para despoletar a ovulação, os processos subsequentes funcionam independentemente do resto do ovário, uma vez que toda a informação necessária está contida no próprio folículo”, disse, citada pela Live Science.

A investigadora espera que esta nova técnica de imagiologia abra caminho para um melhor entendimento da ovulação e fertilidade feminina, facilitando investigações futuras na área da saúde reprodutiva: “Com o nosso novo método, nós e outros investigadores podemos continuar a investigar os mecanismos da ovulação e, esperamos, obter novos conhecimentos para a investigação da fertilidade humana”.

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