Ser otimista pode trazer benefícios concretos para a nossa saúde, revela um novo estudo. Indivíduos com níveis mais altos de otimismo têm maior probabilidade de viver mais do que pessoas pessimistas.
A maioria das investigações à longevidade focam-se meramente em fatores biológicos, mas raramente abordam outro tipo de razões. Este novo estudo sugere que fatores não-genéticos e características psicossociais, como o otimismo, podem contribuir para viver durante mais tempo.
O estudo foi publicado no ano passado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences e teve como base a colaboração de 70 mil voluntários. De acordo com o PsyPost, os participantes foram questionados sobre a sua saúde e sociodemografia, hábitos de vida (como fumar e beber) e, por fim, sobre a sua visão em relação à vida.
Os resultados mostraram que as pessoas mais otimistas tinham uma maior probabilidade de viver até idades mais avançadas em comparação com aqueles que eram pessimistas. Homens muito otimistas tinham uma probabilidade 70% maior de viver para lá dos 85 anos, enquanto nas mulheres a percentagem era 50%.
A relação entre otimismo e longevidade não é explicada pelos autores do estudo, que ainda não compreendem este fenómeno. Além disso, há vários outros fatores que contribuem para que uma pessoa possa viver uma vida mais longa.
Todavia, os investigadores sugerem uma possível resposta: o que pode estar em causa nos otimistas é estabelecer e alcançar metas que se traduzam em comportamento responsável relacionado à saúde.
Esta descoberta é importante, uma vez que sugere que o otimismo pode ser usado como uma ferramenta para promover saúde e longevidade.