Os seus hábitos de trabalho podem estar a ameaçar o seu sono

Pessoas cujos empregos são altamente sedentários – cerca de 80% da força de trabalho moderna – apresentam um risco muito maior de problemas do sono.

O estudo analisou mais de mil funcionários ao longo de uma década e permitiu concluir que o trabalho sedentário e os horários de trabalho pouco tradicionais são ameaças significativas à saúde do sono.

Ambos os fatores, acelerados pelas mudanças tecnológicas – nomeadamente o aumento do trabalho com computadores – estão ligados a um aumento de 37% nos sintomas de insónia entre trabalhadores sedentários e um risco 66% maior de os trabalhadores com horários menos comuns precisarem de “sonos de recuperação“, isto é, sestas frequentes, ou dormir até tarde aos fins de semana.

“O sono saudável envolve mais do que dormir oito horas”, começou por salientar a psicóloga Claire Smith, citada pelo EurekAlert. “Também é adormecer facilmente, dormir a noite toda e ter um horário de sono consistente. As empresas devem estar cientes dos riscos específicos do sono da sua força de trabalho para melhorar a deteção e a intervenção.”

A investigação, realizada com base em dados do estudo Midlife in the United States, identificou três categorias de saúde do sono entre os trabalhadores: bons “dormidores”, “dorminhocos de recuperação” e dorminhocos com padrões semelhantes à insónia.

O trabalho sedentário está fortemente ligado a esta última categoria, caracterizada por sintomas como dificuldade em adormecer, sono interrompido e cansaço diurno frequente. Já os funcionários com horários não tradicionais são mais propensos a enquadrarem-se no grupo dos “dorminhocos de recuperação”.

O estudo sugere que mover o corpo durante o dia e limitar o trabalho após o expediente pode contribuir para uma boa noite de sono e, sobretudo, proteger contra problemas de sono uma década depois.

O artigo científico foi publicado, recentemente, no Journal of Occupational Health Psychology.

ZAP //

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