O ex-procurador Orlando Figueira foi libertado esta terça-feira. O arguido estava em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica.
O principal arguido na Operação Fizz, Orlando Figueira, foi libertado esta terça-feira, depois de ano e meio de prisão domiciliária.
O ex-procurador foi detido em fevereiro de 2016, tendo sido colocado em prisão domiciliária em junho desse ano, com pulseira eletrónica e proibido de contactar com as pessoas com quem se relaciona, à exceção dos familiares diretos e da sua advogada.
Segundo o jornal Público, foi o bom comportamento do magistrado no cumprimento da prisão domiciliária pesou na decisão dos juízes que estão a julgar o processo relativo à Operação Fizz. Além disso, chegaram à conclusão de que não existe risco de o suspeito obstaculizar a produção de prova nesta fase do julgamento.
Na base da manutenção destas medidas de coação, escreve ainda o jornal, estava o perigo de fuga e, numa fase anterior, o risco de perturbação da investigação.
“Há dois anos e quase dois meses que esperava voltar a ser um homem livre. Nunca me passou pela cabeça fugir”, disse Orlando Figueira à saída do Campus da Justiça, em Lisboa.
De acordo com o Diário de Notícias, a revisão da medida de coação verificou-se porque “houve um cumprimento integral da medida de coação a que estava sujeito”, explica a advogada Carla Marinho.
O ex-procurador tem de entregar o seu passaporte e comparecer a todas as sessões do julgamento. Quanto à proibição dos contactos, a advogada oficiosa ainda não adiantou pormenores sobre essa questão.