O Supremo Tribunal pediu o arresto de imóveis, carros e saldos das contas bancárias do juiz Rui Rangel e da ex-mulher Fátima Galante na sequência da Operação Lex.
O Correio da Manhã avança esta quarta-feira que o Ministério Público (MP) ordenou o arresto dos bens do juiz Rui Rangel e da ex-mulher Fátima Galante, como imóveis, carros e saldos das contas bancárias, na sequência da Operação Lex.
O arresto visa garantir a existência de bens que possam responder pelo pedido de indemnização cível no valor de um milhão de euros, que será feito contra os magistrados e demais envolvidos no processo de corrupção.
A Operação Lex, tornada pública em janeiro de 2018 e que continua em investigação, tem como arguidos o desembargador Rui Rangel, a sua ex-mulher e juíza Fátima Galante e o funcionário judicial Octávio Correia, todos do Tribunal da Relação de Lisboa, o advogado Santos Martins e o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, entre outros.
A acusação deverá ser conhecida esta semana. Apesar de já estar pronto desde julho, o documento de 900 páginas não foi divulgado porque teve de ser traduzido para espanhol. Um dos acusados é de Huelva e alegadamente fornecia documentos de estrangeiros a Rangel, para que pudesse imputar-lhes as infrações ao volante. Segundo a TVI, isto terá acontecido pelo menos três multas de excesso de velocidade, que terão sido imputadas a cidadãos de nacionalidade marroquina e equatoriana.
Rangel é suspeito de crimes de tráfico de influência por alegadamente ter prometido influenciar resultado de processos a troco de contrapartidas financeiras e alegadamente o presidente do Benfica ter-lhe-á prometido um futuro cargo na universidade do clube. O juiz terá recebido cerca de um milhão de euros em pagamentos para favorecer arguidos e alterar decisões em tribunal.
Em dezembro do ano passado, Rui Rangel foi demitido da magistratura pelo CSM devido ao seu envolvimento no processo. A juíza Fátima Galante, sua ex-mulher, foi sancionada com aposentação compulsiva.
Era o que a Justiça deveria ter feito aos responsáveis do BES,BPN e a outros banqueiros e até empresários, mas a justiça tem um peso e duas medidas, a quem lhe convém assobia para o lado a quem não lhe convém haje a seu bel prazer.