ONU envia ajudas para estabilizar falta de alimentos no Líbano

Wadel Hamzeh / EPA

A Organização das Nações Unidas já começou a ajudar o Líbano, através do envio de farinha de trigo. O objetivo é começar a colmatar a falta de alimentos destruído pelas explosões.

Segundo o The Washington Post, a ONU anunciou que vai fazer chegar até o Líbano, dezenas de milhares de toneladas de farinha de trigo para evitar uma escassez de alimentos. As duas explosões no porto de Beirute destruíram o principal silo de grãos e aumentaram a necessidade de uma emergência humanitária mais ampla.

“Devido aos danos causados aos silos de grãos e aos carregamentos no porto, (o Programa Mundial de Alimentos) irá fornecer 50 mil toneladas de farinha de trigo a Beirute para estabilizar o abastecimento nacional e garantir que não haja escassez de alimentos no país,” explica o relatório.

O primeiro carregamento de farinha de trigo deverá chegar nos próximos dias a Beirute, e vai abastecer padarias libanesas durante pelo menos um mês, garantiu a agência de coordenação humanitária da ONU, num relatório. A organização estima que as reservas atuais de farinha de trigo do país asiático, cobrem apenas seis semanas das necessidades do mercado, uma vez que o país enfrenta múltiplas crises.

As explosões, segundo as autoridades locais libanesas, foram causadas pela ignição de 2750 toneladas de nitrato de amónio armazenadas no porto. Foram contabilizados, pelo menos, 171 mortos e mais de 6000 feridos.

As ondas de choque devastaram grandes áreas da capital libanesa, causando avultados danos estimados em 15 mil milhões de dólares. As obras nas instalações portuárias de Beirute são agora urgentes e “essenciais para evitar interrupções nas linhas de abastecimento de alimentos.”

A assistência das Nações Unidas chegou numa altura em que um responsável sénior de ajuda dos EUA, visitou alguns dos locais mais afetados pelas explosões que ocorreram em Beirute. John Barsa mostrou-se chocado com o cenário que encontrou, “é uma crise de cortar o coração, ainda mais quando não é um desastre natural como um tornado, um furacão ou um terremoto”.

Barsa, administrador interno da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, juntou-se à equipa de resgate pedaços de vidro, colocando-os na parte de trás de um camião. É raro que as autoridades dos EUA façam visitas tão importantes ao centro de Beirute.

“Quando se vê uma devastação como esta causada por atos que não foram das mãos de Deus, isso é ainda mais doloroso”, descreve Barsa. Esta visita coincidiu com o momento de entrega de materiais de socorro, incluindo kits médicos de emergência, afirma a USAID num comunicado.

ZAP //

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