Um recorde de 137 mil pessoas atravessaram o Mediterrâneo no primeiro semestre do ano, a maioria das quais fugida de guerras, conflitos e perseguições, revelou esta terça-feira o Alto-comissário para os Refugiados da ONU (ACNUR).
O valor traduz um aumento de 83% face aos primeiros seis meses de 2014.
“A Europa depara-se com uma crise de refugiados, que chegam por via marítima, de proporções históricas”, alerta o ACNUR.
Esta situação deve, no entanto, agudizar-se no verão, altura em que normalmente se regista um aumento das viagens clandestinas no Mediterrâneo. Em 2014, por exemplo, o número de migrantes passou de 75 mil no final de junho para 219 mil em dezembro, segundo o ACNUR.
À mercê das redes de tráfico, a maior parte dos migrantes executa a perigosa travessia em barcos e condições precárias.
“A maior parte dos que chegam por via marítima à Europa é refugiada e procura proteção contra a guerra e as perseguições”, realça em comunicado, o alto-comissário da agência da ONU, António Guterres.
Um terço dos homens, mulheres e crianças que alcançaram as costas da Grécia ou da Itália desde o início do ano é oriundo da Síria, palco de uma guerra civil desde 2011.
As pessoas que fogem da violência contínua no Afeganistão e do repressivo regime da Eritreia representam 12% do total, segundo o relatório do ACNUR.
A Somália, a Nigéria, o Iraque e o Sudão são outras das principais proveniências dos migrantes.
Segundo o ACNUR, no primeiro semestre do ano 1.867 pessoas morreram a tentar cruzar o Mediterrâneo, das quais 1.308 só no mês de abril.
No final da semana passada, em resposta à crise, os chefes de Estado e de Governo dos 28 países da União Europeia (UE) aprovaram repartir entre si 60 mil refugiados nos próximos dois anos.
No entanto, os Governos dos 28 aceitaram apenas que o acolhimento desses refugiados seja feito com base em quotas voluntárias, rejeitando a proposta da Comissão Juncker de quotas obrigatórias, com o número de pessoas a acolher definido à partida.
O método de repartição dos migrantes vai ser discutido e decidido este mês.
“Com uma boa política, apoiada por uma resposta operacional efetiva, é possível salvar mais vidas no mar”, observou o chefe do ACNUR.
/Lusa
137 Mil Refugiados na Europa a 28 … Acolhe-los é possível!
Em Portugal nos anos a seguir ao 25 de Abril acolhemos das ex colónias mais de Meio Milhão de refugiados!
Feito histórico, sem dúvida para um país tão pequeno, que parece não ter a merecida relevância.
Agora na Europa a 28 a atitude é o que se vê… Levantam-se muros, cercas de arame farpado, etc, etc. Ninguém se entende. E no entanto os conflitos que geram estes imigrantes ,foram gerados ou apoiados por alguns dos países europeus que tantas reticencias colocam ao seu acolhimento,
Orgulho-me de ser portuguesa!
Orgulho-me de alguns dos nossos governantes que em tempos tão conturbados souberam gerir o êxodo dos refugiados das ex colónias! Que pena que alguns portugueses tenham tão fraca memória!
Em 1974/75 deu-se a maior deslocação de massas na Europa após guerras devido ao êxodo de concidadãos das ex-colónias para Portugal… Meio Milhão.
Afirmar agora que os que fogem da síria e outros países é devido a “alguns países europeus” não passa de uma triste tentativa de ilibar a tremenda brutalidade do autoproclamado EI, seria o mesmo que sobre aquele êxodo um europeu qualquer ter dito em 1975 que os retornados nacionais fugiram daqueles estados, então colónias, por culpa do alto comando das forças armadas portuguesas!
Acresce, numa busca www é fácil constatar que muitos milhões de “ajuda à integração” daqueles, provenientes dos 4 cantos do mundo (início da grande corrupção em Portugal?) foram gastos em hotelaria de 5, 4, 3, estrelas – Comparemos o que é comparável.