OMS alerta para crescimento “preocupante” de casos no mundo

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou esta sexta-feira para o continuo crescimento de casos de covid-19 no mundo, referindo que o número de novos casos confirmados por semana quase duplicou nos últimos dois meses.

Tedros Adhanom Ghebreyesus disse, em conferência de imprensa, que o número de novos casos “está a aproximar-se da maior taxa de infeção que vimos até agora na pandemia”.

O responsável da OMS disse ainda que alguns países que conseguiram evitar surtos generalizados de Covid-19 estão agora a registar aumentos acentuados, citando a Papua-Nova Guiné como exemplo.

“Até o início deste ano, a Papua-Nova Guiné tinha relatado menos de 900 casos e nove mortes”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, adiantando que agora o país já identificou mais de nove mil casos e 83 mortes, metade das quais no mês passado.

“A Papua-Nova Guiné é um exemplo perfeito de como a vacina é tão importante”, disse o diretor-geral da OMS, acrescentando que a nação insular do Pacífico conta com doações de vacinas da Austrália e da COVAX, apoiada pelas Nações Unidas.

Até o momento, a COVAX já enviou cerca de 40 milhões de vacinas para mais de 100 países, o suficiente para proteger cerca de 0,25% da população mundial.

Pandemia já matou 2,98 milhões de pessoas no mundo

A pandemia do novo coronavírus matou até hoje pelo menos 2.987.891 pessoas no mundo desde o final de dezembro de 2019, segundo um levantamento realizado pela agência de notícias AFP a partir de fontes oficiais.

Mais de 139.008.120 casos de novas infeções foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia.

Os números são baseados em relatórios diários das autoridades de saúde de cada país até às 10h00 TMG (11h00 em Lisboa) desta sexta-feira e excluem as revisões posteriores de agências estatísticas, como ocorre na Rússia, Espanha e Reino Unido.

Na quinta-feira, 13.646 novas mortes e 809.849 novos casos foram registados em todo o mundo.

Os países que registaram o maior número de novas mortes nos seus últimos relatórios são o Brasil com 3.560 novas mortes, Índia (1.185) e Estados Unidos (974).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 565.289 mortes para 31.495.652 casos, de acordo com o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins.

Em seguida, vêm o Brasil com 365.444 mortes e 13.746.681 casos, o México com 211.213 óbitos (2.295.435 casos), a Índia com 174.308 mortes (14.291.917 casos) e o Reino Unido com 127.191 óbitos (4.380.976 casos).

Entre os países mais atingidos, a República Checa apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 264 mortes por 100.000 habitantes, seguida pela Hungria (254), Bósnia-Herzegovina (235), Montenegro (225) e Bulgária (214).

A Europa totalizou esta sexta-feira, às 10h00 TMG (11h00 em Lisboa), 1.016.003 mortes em 47.440.536 casos, a América Latina e Caribe 852.118 óbitos (26.812.010 casos), os Estados Unidos e Canadá 588.779 mortes (32.589.214 casos), a Ásia 292.169 óbitos (20.566.289 casos), o Médio Oriente 120.787 mortes (7.161.469 casos), a África 117.015 óbitos (4.397.613 casos) e a Oceania 1.020 mortes (40.992 casos).

Desde o início da pandemia, o número de testes realizados aumentou substancialmente e as técnicas de rastreamento e despistagem melhoraram, levando a um aumento no número dos contágios declarados.

O número de casos diagnosticados, entretanto, reflete apenas uma fração do total real dos contágios, com uma proporção significativa dos casos menos graves ou assintomáticos ainda não detetados.

Esta avaliação foi realizada com base em dados recolhidos pelos escritórios da AFP junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em Portugal, morreram 16.933 pessoas dos 829.358 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

ZAP // Lusa

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