Nuno Melo reiterou esta terça-feira que a sua posição de que Olivença pertence a Portugal é a que é defendida pelo Estado e o Governo português há 209 anos. O ministro da Defesa Nacional diz que quem contraria esta tese, em 1640, teria saído “esconjurado” pela janela do Paço da Rainha.
No mês passado, o ministro da Defesa Nacional gerou uma pequena “polémica Ibérica” ao afirmar que Olivença é nossa [portuguesa].
Nuno Melo disse, naquela ocasião, em Estremoz, que “por tratado, Olivença deverá ser entregue ao Estado português”.
Olivença é uma cidade na zona raiana reivindicada por direito por Portugal, desde o tratado de Alcañizes, em 1297. No entanto, Espanha anexou-a e mantém-na integrada na província de Badajoz, na comunidade autónoma da Estremadura, apesar de ter reconhecido a soberania portuguesa sobre a cidade quando subscreveu o Congresso de Viena, em 1817.
Esta terça-feira, numa audição na comissão parlamentar de Defesa Nacional da Assembleia da República, o deputado do Chega Henrique Freitas criticou “a infeliz afirmação” feita por Nuno Melo em Estremoz, em setembro, referindo-se ao facto de o governante ter afirmado que Olivença era portuguesa.
Na resposta a esta intervenção, o ministro da Defesa afirmou que a afirmação que fez nessa ocasião “corresponde à posição de Portugal há 209 anos” e reiterou que não mudou a opinião que tem sobre o assunto.
“Eu não lhe pergunto se Olivença é portuguesa, mas a resposta que eu dou corresponde à posição de Portugal há 209 anos, ininterruptamente: em monarquia, na Primeira República, no Estado Novo e também agora”, afirmou.
Nuno Melo ofereceu ao deputado do Chega o livro “Olivença na História”, editado pela Assembleia da República em 2022, pedindo-lhe que veja as conclusões a que esse estudo chegou, que “correspondem também às conclusões que estão no Ministério dos Negócios Estrangeiros e de vários governos”.
O ministro salientou que a polémica lhe permitiu, contudo, verificar o “tamanho da ignorância” de muita gente que comenta no espaço público, salientando que ouviu coisas de “pessoas que têm acesso a jornais, rádios e televisões, que não achava possível em pessoas minimamente cultas”.
Nuno Melo disse que, se estivéssemos hoje no dia em que Portugal recuperou a Independência a Espanha e houvesse gente como antes, esses “ignorantes” teriam saído esconjurados pela janela do Paço da Rainha.
“Até lhe digo: ouvi coisas que, estivéssemos nós no dia 1 de dezembro de 1640 [Restauração da Independência], fossem os portugueses feitos de gente assim e, provavelmente pela janela fora do Paço da Rainha, teriam saído esconjurados e em cima ficava o Miguel de Vasconcelos a bater palmas”, disse.
Nuno Melo mostrou-se inconformado por ter visto “muita gente a defender o interesse espanhol”, nos dias em que durou a polémica.
“Eu vou a Espanha e não vejo os espanhóis a defenderem os interesses dos britânicos em relação a Gibraltar ou o interesse dos marroquinos em relação a Ceuta e Melilha”, exemplificou.
“Mas, por aqui, ouvi coisas que só poderiam decorrer de uma certa ignorância. Valha a vantagem de alguns terem pelo menos lido alguns livros de História e, tendo lido livros de História, terem percebido que o Estado está acima de cada um de nós”, acrescentou o ministro da Defesa.
O que me preocupa é sermos (des)governados por imbecis como este! O povo já tinha ditado o afastamento destes betinhos, só cá faltava terem voltado à boleia dos amigos!
Informa-te e vai ler livros, particularmente de História, para não dizeres barbaridades. Em vez de ver novelas e futebóis, informa-te sobre o teu País e com o que aconteceu, porque é que os Espanhóis tomaram essa zona ou porque devolveram a maioria das terras circundantes, mas não devolveram o mais importante.
Até Espanha reconhece o abuso e assinou o Tratado de Viena, pelo qual deveria ter devolvido a totalidade do que ocupou e não apenas uma parte.
Olivença é Portuguesa, independentemente dos betinhos que o dizem ou do partido que o defende. Não é uma questão política ou social, é uma questão histórica e Nacional!
Esse tipo tem os tiques necessários do NARCIZO. Esta polemica agora, é simplesmente para se colocar no centro das atencoes. Ponto.
Caro Zé Tuga, o pseudónimo que escolheu, à partida parece não ser o mais adequado, posto que habitualmente o termo “zé” é conotado com os adjectivos ignorante, parolo, rústico, e outros com idêntico significado. Só que, como também é sabido, há Zés bem mais inteligentes do que muitos que são bem nomeados. Esse facto basta para me aperceber de que o seu ponto de vista, que assenta em conhecimento, é legítimo, com o qual todos os Portugueses de raça estarão de acordo. OLIVENÇA e Terras Anexas são portuguesas. Haja políticos, e não só, que se disponham a encerrar a questão. E não é necessário andar à pancada para isso
Caro Sérgio O, Sá
Normalmente assino com o pseudónimo “Zé Nabo”, com o qual humildemente tento iluminar certas cabeças, que debitam teorias fascinantes sobre temas que já foram largamente debatidos ou que estão amplamente documentados e comprovados. No entanto, há sempre uns quantos génios brilhantes, que acham que todos estão errados e “eles” é que sabem.
Neste caso, fiquei fascinado com o facto de alguém conseguir transformar uma questão histórica em partidarite e dada a relevância patriótica do tema, resolvi assinar como o verdadeiro Português que sou, muito orgulhoso da nossa história.
Em particular, agradeço todo o trabalho que todos os nossos antepassados tiveram em manter longe os nossos vizinhos, para podermos ser aquilo que somos; Portugueses.
Gosto muito de Espanha, mas para visitar e beber copos. Espanhóis, gosto deles, mas na terra deles, porque no nosso território, apenas como turistas.
Desde que Portugal e todo o seu território foi “formado*, só teve um episódio de alteração de fronteiras políticas e não foi por acordo, mas à força. Olivença é essa questão e simplesmente não compreendo como é que pode ser transformado numa questão política…
És tu Melo?! Deste-te ao trabalho de me responder? Seu maroto,, não bastou preferires estas barbáries velhas nacionalistas para ser notícia e ainda vieste espreitar o que nós comentamos.. 😉
Dois terços do País en estado de desertificação , e este Zé mandante ainda quer mais território no interior ? …….. Claro solução para o resto do País que está ao abandono , disso não fala !