Arqueólogos alemães e egípcios anunciaram este sábado ter descoberto uma “oficina de mumificação” junto à necrópole de Saqqara, no Egipto.
Arqueólogos egípcios anunciaram a descoberta de um antigo local de sepultamento e de uma oficina de mumificação, escondidos 30 metros debaixo do solo nas proximidades da necrópole de Saqqara, no sul de Cairo.
Centenas de pequenas estátuas de pedra, jarras e recipientes usados no processo de mumificação foram encontrados dentro das câmaras de sepultamento.
Segundo a agência Reuters, a equipa, que inclui investigadores da Universidade de Tübingen, na Alemanha, encontrou um poço subterrâneo de sepultamento contendo diversas múmias, ataúdes de madeira e sarcófagos.
Os cientistas acreditam que a descoberta desta câmara oculta de embalsamamento lhes permitirá identificar óleos específicos usados pelos antigos egípcios para mumificar os seus mortos. “Estamos diante de uma mina de ouro de informação sobre a composição química desses óleos”, regozijou-se o arqueólogo Ramadan Badry Hussein.
Centenas de estatuetas de pedra, jarras e recipientes usados no processo de mumificação foram extraídos do interior das câmaras fúnebres. O achado mais significativo foi uma máscara de prata dourada, a segunda do género encontrada até agora, explicou o ministro egípcio das Antiguidades, Khaled al-Anani, para quem “isto é só o início”.
A necrópole de Saqqara faz parte de Mênfis, a primeira capital do Egipto Antigo, e é hoje Património Mundial da UNESCO. A área abriga grande variedade de templos e sepulturas, além das três pirâmides de Gizé.
Os artefactos deverão ser expostos no Grande Museu Egípcio, actualmente em construção. O país tem esperanças de que as descobertas venham reanimar a sua indústria de turismo, em crise desde a “primavera árabe” de 2011 e, mais recentemente, da onda de atentados terroristas que varreu o Médio Oriente.
ZAP // Deutsche Welle / Reuters