O vício em canábis pode ser genético (e ataca mais os europeus)

A dependência da canábis também pode ser atribuída ao fator “genética”. Uma pesquisa – que envolveu a análise a mais de um milhão de pessoas de todas as etnias – encontrou uma ligação entre o distúrbio de uso de canábis e um maior risco de cancro do pulmão em pessoas de ascendência europeia.

Um estudo publicado esta segunda-feira, na Nature Genetics, revelou que pessoas com “distúrbio no uso de canábis” partilham marcadores genéticos específicos.

A investigação teve por base a análise genética de mais de um milhão de indivíduos, nos Estados Unidos da América, abrangendo uma gama diversificada de ascendências, incluindo europeia, africana, asiática oriental e mista, como detalha a New Scientist.

O estudo utilizou uma técnica chamada “correlação genética”, para comparar variações no DNA com o traço de distúrbio no uso de canábis.

No fim, foi encontrado um padrão quase idêntico de marcadores genéticos em diferentes ascendências.

Em pessoas com ascendência europeia, por exemplo, uma forte expressão de um recetor neuronal, CHRNA2, foi associada a um maior risco de ter vício.

Além disso, a pesquisa também encontrou uma conexão entre o cancro do pulmão e o desenvolvimento de distúrbio no uso de canábis nos europeus.

Este estudo não só lança luz sobre os fatores genéticos que influenciam o vício da canábis, mas também sugere potenciais riscos de saúde a longo prazo associados ao uso dessa droga.

Miguel Esteves, ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.