Uma solução de arrefecimento inovadora, que mistura água e sal de brometo de lítio, pode aumentar o desempenho dos computadores em quase 33%, enquanto oferece arrefecimento por mais de seis horas.
Um estudo publicado, esta terça-feira, na ScienceDirect, revelou que uma simples e barata solução salgada é bastante eficaz no arrefecimento dos computadores e melhora o seu desempenho em quase 33%.
Este valor representa uma melhoria significativa em relação aos sistemas passivos de arrefecimento existentes.
Os investigadores desenvolveram um sistema que depende da evaporação de água de uma solução de brometo de lítio.
O sal, capaz de absorver água, está contido numa membrana porosa que apenas permite a passagem de vapor de água. Essa membrana é colocada dentro de uma placa oca, que é acoplada a um dissipador de calor metálico para remover o calor das unidades de processamento central (CPUs) de um computador.
Este método de arrefecimento permite que as CPUs suportem uma maior taxa de consumo de energia durante tarefas de computação intensivas sem sobreaquecer. O sistema também tem a capacidade de repor a água e efetivamente reiniciar quando o computador estiver inativo.
“O dispositivo pode recuperar espontânea e rapidamente a sua capacidade de arrefecimento, absorvendo vapor de água do ar durante as horas de inatividade, tal como um mamífero se hidrata e se prepara para transpirar novamente”, explicou o líder da investigação, Wei Wu, da Universidade de Hong Kong, citado pela New Scientist.
Testes feitos pela equipa revelaram que este sistema poderia manter a temperatura do processador de um computador padrão abaixo dos 64°C durante mais de seis horas – o que supera, de longe, os sistemas passivos de arrefecimento alternativos que dependem de estruturas metal-orgânicas (MOFs) à base de crómio, que são caras e duram apenas 42 minutos.
Além disso, o novo sistema sairia mais barato. A solução de sal é capaz de oferecer uma eficácia de custo 1000 vezes superior à abordagem MOF.
A tecnologia poderia ser aplicada em servidores de computadores densamente compactados, a baterias, células solares e até edifícios, garantiu Wei Wu.
Só acredito vendo.