Cidade transmontana tem sido palco de uma sucessão invulgar de notícias pouco felizes. A última remonta aos tempos do escudo.
Mirandela não é propriamente uma cidade que costuma aparecer aqui no ZAP. Nem aqui, nem noutros meios de comunicação social de âmbito nacional.
Mas a pequena cidade de Trás-os-Montes, a ‘Princesa do Tua’ com pouco mais de 20 mil habitantes, tem aparecido nas notícias nacionais ao longo das últimas semanas – por motivos invulgares e pouco felizes. Provavelmente os locais preferiam nem aparecer nas notícias, assim.
Vamos seguir uma sequência cronológica.
A urgência médico-cirúrgica do hospital de Mirandela fechou no dia 8 de Outubro (e continua fechada). Os três cirurgiões que trabalhavam lá foram trabalhar para o hospital de Bragança. Para Janeiro nem foi elaborada qualquer escala para esse serviço. Até já se especula que o encerramento definitivo da urgência já foi decidido, mas ainda não está escrito.
Em Outubro o caso de um homicídio tentado, com gasolina à mistura. Um homem queimou o outro no Parque Império: regou a vítima com gasolina e depois ateou fogo. Foi detido pela polícia. O crime estaria relacionado com negócios de droga.
No final de Novembro os portugueses ficaram chocados porque um bebé de 7 meses e a sua mãe foram esfaqueados pelo seu padrasto, em Vila Nova das Patas, freguesia do concelho Mirandela. O homem de 37 anos ficou em prisão preventiva. O bebé ficou fora de perigo.
Saltando para esta semana e voltando ao hospital local, mas noutro contexto: na terça-feira passada um homem entrou na urgência e começou a gritar “Vou matar alguém” quando lhe disseram que não podia visitar a mãe; e mostrou que tinha uma pistola na cintura (que era de alarme, viu-se mais tarde). O homem de 50 anos ameaçou várias pessoas, foi detido depois na Ponte Engenheiro Machado Vaz.
Hoje, quinta-feira, a RTP destaca um erro na Segurança Social em Mirandela, que ainda remonta ao tempo… do escudo. Um empresário comprou uma empresa e herdou um processo de pagamento à segurança social de 1.200 contos, ou quase 6 mil euros; o tribunal deu razão à empresa em primeira instância mas a Segurança Social recorreu – não houve qualquer resposta nos 16 anos seguintes e o empresário pagou mesmo a dívida. Desistiu devido à exaustão (e aos custos), apesar do “erro grosseiro” de um técnico da Segurança Social, já que havia uma declaração de não dívida.
Pelo meio, também o ZAP partilhou algo diferente vindo de Mirandela. Mas nada de grave. Apenas curioso: