O presidente do Chile foi à Antártida. Levava água no bico

1

Presidencia de Chile

O presidente do Chile, Gabriel Boric, aterra na Antártida em viagem oficial

Gabriel Boric foi ao Polo Sul reivindicar a soberania do Chile sobre uma parte da Antártida. O continente está reservado como reserva científica, ao abrigo do Tratado da Antártida, mas vários países reivindicam parte do território.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, tornou-se esta quinta-feira o primeiro líder das Américas a visitar o Polo Sul, depois de aterrar no posto avançado dos EUA no local, numa das zonas mais remotas e hostis do planeta, onde esteve cerca de duas horas.

À chegada, o presidente chileno esclareceu que a sua visita à Estação Amundsen-Scott reafirma a reivindicação de soberania do Chile sobre parte da Antártida.

É a primeira vez que um presidente chileno vem ao Polo Sul e fala sobre a missão antártica do Chile”, afirmou Boric em imagens transmitidas pela televisão chilena, citadas pela BBC.

Boric, que viajou com um grupo de cientistas e líderes militares e com os ministros das Forças Armadas e do Ambiente, adiantou que a sua visita sublinha a determinação do Chile em desempenhar um papel fundamental nos projetos científicos na região, especialmente os que envolvem as alterações climáticas.

“Centros de pesquisa, universidades, diplomatas e as forças armadas uniram-se para garantir que o Chile se torne a porta de entrada do mundo para a Antártida”, adiantou o governo chileno em comunicado.

No passado, o Chile concentrou a sua investigação na parte norte da Antártida, mas o país sul-americano espera agora alargar os seus esforços aos mares de Bellingshausen e de Weddell, de acordo com o comunicado da Presidência.

O presidente esquerdista Gabriel Boric venceu as eleições presidenciais chilenas em 2021, tornando-se o líder mais jovem de sempre do país, com 35 anos de idade.

Antes de Boric, apenas dois outros líderes mundiais tinham visitado o Pólo Sul: os primeiros-ministros da Nova Zelândia e da Noruega, nota o The Guardian. Vários outros países, incluindo Reino Unido, França, Austrália e Argentina, reivindicam partes da Antártida — e muitos outros estão presentes no local.

Segundo o Departamento de Estado norte-americano, sete países, incluindo o Chile, mantêm reivindicações territoriais na Antártida, mas “os Estados Unidos e a maioria dos outros países não reconhecem essas reivindicações“.

A Antártida não é um país: não tem governo nem população autóctone. Todo o território deste continente está reservado como reserva científica, ao abrigo do Tratado da Antártida, que entrou em vigor em 1961, que o consagra como um ideal de intercâmbio intelectual e proíbe qualquer forma de militarização.

Durante o século XX, países como o Chile, a França, os EUA, a Grã-Bretanha, a Argentina e o Japão instalaram estações de investigação na Antártida, para fins de investigação científica e para estabelecer uma presença na região proibida.

A delegação encabeçada por Boric visitou a Estação de Investigação Conjunta Union Glacier e a Estação Amundsen-Scott, que deve o seu nome ao norueguês Roald Amundsen, que liderou a primeira expedição ao Polo Sul, e a Robert Scott, o explorador britânico que Amundsen bateu na corrida ao polo em 1911.

Scott e quatro dos seus companheiros morreram de fome na viagem de regresso, depois de terem sido apanhados por um nevão, mas algumas teorias sugerem que pode ter havido uma possível sabotagem de um oficial de Scott — ou um desastroso erro matemático.

Armando Batista, ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

1 Comment

  1. Olha, “esqueceram-se” dos russos! Que também rondam por ali. A Antárctida é dos seus donos, os animais que lá vivem e não dos humanos! Mantenham o continente limpo.

    Editar – 

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.