Um sistema de pilotagem de caças baseado em Inteligência Artificial venceu dois jactos de combate pilotados por humanos numa simulação de combate.
O piloto robótico, baptizado de Alpha, usou quatro jactos virtuais para defender uma área de litoral dos dois caças pilotados por humanos – e não sofreu perdas.
Desenvolvido por uma equipa de investigadores da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, o sistema venceu também um piloto de combate da Força Aérea Americana recentemente aposentado – logo, bastante experiente.
Na simulação descrita no estudo, os dois jactos que atacavam o litoral, a “equipa azul”, tinham um sistema de armas mais poderoso que os jactos usados pelo Alpha, a “equipa vermelha”.
Mas o sistema manobrado por Inteligência Artificial conseguiu sempre livrar-se dos inimigos, depois de realizar uma série de manobras evasivas.
Um especialista em aviação afirmou que os resultados são promissores.
Adversário letal
Na investigação, os cientistas da Universidade de Cincinnati e a empresa tecnológica Psibernetix classificaram o sistema Alpha como um “adversário letal”.
Durante as simulações de combate entre o sistema de Inteligência Artificial e o piloto aposentado Gene Lee, os investigadores relatam que o piloto humano “não apenas não conseguiu uma única morte contra Alpha, como ainda foi SEMPRE derrubado pela equipa vermelha nos combates prolongados.
O Alpha usa uma forma de inteligência artificial baseada no conceito de lógica difusa, ou “fuzzy”, na qual um computador analisa uma série ampla de opções antes de tomar a decisão.
Devido ao facto de um caça produzir uma grande quantidade de dados para serem interpretados, nem sempre se torna óbvio a um piloto quais as manobras são mais vantajosas – como quando entrar em combate ou evitá-lo, ou em que momento uma arma deve ser disparada.
Sistemas que usam a lógica difusa podem analisar a importância destes dados individuais antes de tomar uma decisão mais ampla.
A grande proeza conseguida pelos investigadores com o sistema Alpha foi a capacidade de tomar essas decisões em tempo real e com a eficiência de um computador.
“Temos um sistema de inteligência artificial que parece ser capaz de lidar com o ambiente exclusivamente aéreo, é extraordinariamente dinâmico, e gere um número extraordinário de parâmetros”, explica o analista aeroespacial militar Doug Barrie.
“E aparentemente, consegue enfrentar muito bem um piloto de combate qualificado, capaz e experiente”, diz Barrie
“É como um super-campeão de xadrez perder com um computador“, conclui o analista.
Ética
Apesar do enorme entusiasmo da equipa de investigadores, Barrie lembrou à BBC que pode não ser fácil, ou simplesmente apropriado, tentar usar o Alpha em ambientes de combate na vida real.
A analista considera que se o sistema fosse realmente usado, e decidisse atacar um alvo não militar, por exemplo, os resultados poderão ser terríveis.
“A indignação do público seria imensa.”
Barrie diz no entanto que o Alpha pode ser uma excelente ferramenta de simulação de combate – ou para ajudar a desenvolver sistemas melhores para uso dos pilotos humanos.
Mas em muitas áreas da ciência, o que ontem era eticamente reprovável, hoje é prática vulgar.
ZAP / BBC
Caminhamos para a realidade do Exterminador Implacável… Infelizmente!
Caminhamos? Bom… se a notícia for lida nas entre-linhas, conclui-se que já estamos lá. Note-se que a notícia reflecte apenas dados tornados públicos, que, pelos mais diversos motivos, não se traduzem na realidade do estado da tecnologia. Claro que não se pode transmitir aos elementos do “eixo do mal” o que temos ou o que desenvolvemos. É de se entender, portanto, que entidades ligadas ao departamento da defesa já estão anos à frente neste tipo de tecnologia, sendo claramente a DARPA uma dessas empresas. Estudos universitários como este, e, nesta matéria (militar), servem apenas para validar futuras acções em termos de opinião pública.
Podes crer Mike. Esta gente não sabe com quem se está a meter. Quando ganharem consciência delas próprias, será tarde demais.
NÃO Á INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL!