O mais pequeno dos parentes humanos foi devorado por um leopardo

Um fóssil de maxilar inferior de leopardo junto a um fragmento de crânio juvenil do P. robustus de Swartkrans.

Os ossos de uma jovem fêmea Paranthropus robustus encontrados na África do Sul mostram que aquele que é o parente humano mais pequeno alguma vez encontrado pode ter sido devorado por um leopardo há 2 milhões de anos.

Com apenas 1,03 metros de altura, o Paranthropus robustus adulto é o parente humano mais pequeno alguma vez encontrado.

Este antepassado, encontrado na África do Sul, morreu há 2 milhões de anos, e ainda consegue ser mais baixo do que a nossa famosa bisavó Lucy e do que o misterioso grupo de pequenos hobbits.

De acordo com um novo estudo, publicado na mais recente edição do Journal of Human Evolution, o indivíduo recém-descoberto – designado SWT1/HR-2 – morreu devorado por um leopardo.

Quando os investigadores começaram a escavar os blocos no laboratório, descobriram três ossos de ligação – a anca esquerda, o fémur e a tíbia. Todos de um hominídeo adulto jovem. Com sinais de terem sido atacados por um felino.

Com base na forma dos ossos, os investigadores pensam que este indivíduo era uma fêmea da espécie P. robustus, também conhecida como australopitecíneo robusto devido ao grande tamanho dos seus dentes e face.

Foi o exame minucioso dos ossos que revelou a causa provável da morte desta jovem fêmea. Segundo os investigadores, os leopardos tendem a ficar nas árvores perto de cavernas e preferem atacar presas que pesem cerca de 25 quilos.

Este pequeno P. robustus, que foi encontrado dentro de uma caverna, provavelmente pesava cerca de 27,4 kg.

Outros fósseis no local também têm marcas de perfuração que correspondem a dentes de leopardo, como já havia argumentado em 1970 C.K. Brain – entretanto falecido (1931-2023), mas que chegou a contribuir para o estudo atual.

Embora os ossos das pernas forneçam novas e importantes provas de como era a vida do P. robustus, o tamanho reduzido desta espécie permanece um mistério.

Atualmente, não há provas de que a espécie tenha sido afetada pelo nanismo, disse, à Live Science, Jason Heaton, coautor do estudo e um paleoantropólogo da Universidade do Alabama.

À mesma revista, o autor principal do estudo, Travis Pickering, paleoantropólogo da Universidade de Wisconsin-Madison, disse que serão necessárias mais escavações na África do Sul: “Há boas hipóteses de recuperar muito mais do esqueleto do SWT1/HR-2, especialmente se estivermos certos e ela tiver sido morta e comida por um leopardo, uma vez que os leopardos geralmente não consomem ossos”.

ZAP //

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