O Megalodon é o maior tubarão que se sabe que terá existido na Terra. Mas, será que está mesmo extinto?
Carcharocles megalodon — ou Megalodon — existiu, mas há mais de 2 milhões de anos que não existem fósseis.
Trata-se do maior tubarão que se conhece. Atingiu o comprimento de 19 metros, sendo que alguns estudos sugerem que poderá ter chegado aos 20,3 metros.
Segundo o ZME Science, consegue ser maior e mais temível que o tubarão branco.
Muito do conhecimento que existe sobre o Megalodon é através dos dentes fossilizados, que medem mais de 180 milímetros de altura inclinada. São os maiores dentes de qualquer espécie de tubarão conhecida.
Os fósseis mais antigos do Megalodon datam de há 23 milhões de anos, mas deixaram de existir, abruptamente, há 3,6 milhões de anos.
Uma vez que não foram encontrados fósseis em camadas geológicas mais recentes, dá-se por extinto o Megalodon. Se ainda existisse, seria de esperar encontrar alguns fósseis.
Nos últimos 3 milhões de anos não foram encontradas marcas de mordidas de Megalodon, por exemplo.
Se ainda existisse, seria possível encontrar marcas das dentadas nas suas presas que sobreviveram ou no caso de terem morrido, os ossos continuariam a apresentar marcas de dentadas.
Os cientistas não encontraram nenhuma dessas marcas, o que é consistente com a falta de fósseis.
O Megalodon não era particularmente exigente quanto ao local onde vivia. Tinha uma distribuição cosmopolita e os seus fósseis foram escavados em muitas partes do mundo, desde a Europa a África e das Américas à Austrália.
Se houvesse um Megalodon por perto, seria de esperar que alguém o avistasse, que relatasse tê-lo visto. As pessoas procuraram, mas não encontraram nada.
O Megalodon era um predador de topo. De acordo com pesquisas recentes, estava mais acima na cadeia alimentar do que qualquer predador marinho da história.
Emma Kast, que conduziu a investigação na Universidade de Princeton e agora trabalha no Departamento de Ciências da Terra de Cambridge, afirma que “estamos habituados a pensar nas maiores espécies — baleias azuis, tubarões-baleia, até mesmo elefantes e diplodocus — como filtradores ou herbívoros, não como predadores, mas o Megalodon e os outros tubarões megatotídeos eram carnívoros, verdadeiramente enormes, que comiam outros predadores, e o Meg foi extinto há apenas alguns milhões de anos”.
“Se o Megalodon existisse no oceano moderno, alteraria profundamente a interação dos seres humanos com o ambiente marinho”, afirmou Danny Sigman, que liderou a nova análise do azoto na Universidade de Princeton.
Os investigadores têm uma ideia de como é que o Megalodon se extinguiu. As causas foram múltiplas.
Em primeiro lugar, foram as alterações climáticas naturais. As temperaturas baixaram, deixando muitas criaturas a lutar para se adaptarem. Mesmo que o Megalodon se pudesse adaptar, as suas presas não o fariam — e para um predador de topo, quando as suas presas estão em apuros, isso são más notícias.
À medida que o seu habitat foi restringido e que as suas presas se tornaram subitamente menos disponíveis, o Megalodon ter-se-ia provavelmente debatido.
Depois, como sugere um estudo de 2022, publicado no Natural History Museum, o Megalodon tinha outro problema: o grande tubarão branco.
O grande tubarão branco é mais pequeno e não precisa de tantas presas como o Megalodon. Na situação de arrefecimento climático, os tubarões brancos mais pequenos poderiam ter-se adaptado melhor, deixando o Megalodon encalhado no topo da cadeia alimentar.
Conclusão: os ecossistemas atuais não podem suportar um predador como o Megalodon. Por isso, assume-se como extinto o mais temível dos tubarões.
“Segundo o ZME Science, consegue ser maior e mais temível que o tubarão branco.” Com o tamanho estimado por cientistas, desde há tanto tempo, de 18 ou 19 metros, só é mais do dobro do tamanho do tubarão branco.