Tem a cabeça rapada, mantém os predadores afastados vomitando-lhes ácido estomacal e a carne mastigada contra os seus atacantes, defecam e urinam nas suas próprias patas para se refrescarem… – mas, se não fosse tão nojento, o abutre-das-torres não sobrevivia.
O abutre-das-torres (Cathartes aura) vive nas Américas. Vulgarmente descrito como “feia”, esta ave necrófaga , também conhecido como “abutre-peru” têm estranhas e “nojentas” formas de sobrevivência.
Como escreve a Live Science, apesar do seu grande tamanho – podendo ir até aos 1,7 metros – também são capturados por outras aves, incluindo águias, corujas e falcões.
Quando se sentem ameaçados ou assustados, os abutres-perus regurgitam uma substância ácida e fétida que queima os olhos e a pele de um predador.
O seu ácido gástrico é 100 vezes mais forte do que o ácido encontrado nos estômagos humanos, para ajudar as aves a neutralizar as toxinas encontradas na sua dieta de carnes mortas (como o antraz e o botulismo).
São capazes lançar este vómito até 3 metros de distância para distrair e dissuadir os atacantes.
No entanto, o vómito também permite que estas aves aliviem rapidamente o seu peso corporal, de modo a poderem voar e escapar mais facilmente.
Outro peculiaridade (útil), mas que, de um ponto de vista estético, é capaz de impressionar, é que o abutre-peru é careca.
O objetivo desta característica é que, ao alimentar-se dos animais mortos, o sangue e as vísceras não fiquem presos nas suas penas.
Mais outra curiosidade que alude ao “nojo”: Os abutres-perus defecam e urinam nas suas próprias patas para se refrescarem no tempo quente.
Uma vez que os sucos digestivos dos abutres matam as bactérias, o cocó nas suas patas também funciona como uma lavagem anti-séptica depois de estarem em cima de carcaças.
Embora sejam aves sociais que vivem em grupos, estes abutres não têm siringe – o órgão vocal das aves. Assim, em vez do canto comum das aves, o abutre-peru comunica através de grunhidos e assobios.