O social-democrata Nuno Miguel Henriques confirmou hoje a entrada na corrida à liderança do PSD, mostrou-se disponível para debater com Paulo Rangel e rejeitou a ideia de que o presidente do partido tenha de ser o candidato a primeiro-ministro.
“Sou candidato a presidente da Comissão Política Nacional do PSD”, disse Nuno Miguel Henriques, em conferência de imprensa, na sede nacional do partido, em Lisboa.
O antigo candidato do PSD à Câmara de Alenquer afirmou-se disposto “a debater o partido” com o eurodeputado e também candidato Paulo Rangel.
“Estou disposto a debater com o outro candidato já assumido que disse que quer ir a debates, e a debater todos os assuntos e o país, sem medo”, declarou.
A questão “de não haver debates” é “respeitável para quem disse que não os quer fazer”, referiu, aludindo ao presidente do partido, Rui Rio, que excluiu participar em debates internos para se concentrar na preparação das eleições legislativas de 30 de janeiro.
No entanto, já que Paulo Rangel se disponibilizou, Nuno Miguel Henriques disse estar disposto a debater “a qualquer hora, em qualquer sítio”.
Sob o mote “Portugal mais e melhor” e assumindo-se como “terceira alternativa” e voz dos militantes “que têm estado em silêncio”, Nuno Miguel Henriques disse estar confiante na disputa de uma segunda volta das eleições internas: “Havendo três candidatos existe muito essa probabilidade”.
“Ao dia de hoje, digo-lhe que sim, que quero uma segunda volta. Se as circunstâncias mudarem, mudamos com certeza. Só não muda quem é aquilo que nós sabemos”, respondeu aos jornalistas.
Questionado sobre quantas assinaturas já tinha recolhido, o candidato não avançou com um número, mas garantiu que terá as 1.500 assinaturas entregues até ao dia 22 de novembro.
“Estão várias pessoas pelo país a recolher as assinaturas (…). Temos bastantes, portanto, estamos otimistas de que se nós quisermos ir a votos vamos ter [assinaturas suficientes]”, elaborou.
Se for eleito como o sucessor de Rui Rio, o antigo candidato autárquico social-democrata não vai fazer depender da liderança do partido a disputa ao cargo de primeiro-ministro.
“O presidente do partido não tem de ser obrigatoriamente, ao contrário do que muita gente pensa, o primeiro-ministro. Isto já aconteceu no tempo de Francisco Sá Carneiro (…). O primeiro-ministro deve ser a pessoa que está mais bem preparada e para se dedicar em exclusivo aos assuntos do país. Depois deve haver outras pessoas para fazer o lado do partido”, completou.
Nuno Miguel Henriques já tinha manifestado publicamente, em 2012, a intenção de ser candidato à liderança do PSD, na altura contra Pedro Passos Coelho, que acabou por não concretizar.
Remetendo para essa altura, considerou que se Passos Coelho se tivesse dedicado apenas aos problemas do país, “possivelmente o partido hoje não estaria no estado a que chegou”.
O ex-candidato a Alenquer nas últimas autárquicas (obteve 14,5% dos votos contra 42,4% do PS) refere ter “três décadas de militância”, apresenta-se com o lema “Portugal, mais e melhor” e manifesta a intenção de “percorrer o país apresentando o seu programa para o partido”.
Foi adjunto da presidente da Câmara de Castanheira de Pera, deputado municipal em Torres Vedras pelo PSD e diretor do Instituto de Artes do Espetáculo de Lisboa, entre 1995 e 2001.
// Lusa
Vai ser difícil a decisão de voto para os militantes Sociais Democratas e para os comunistas, por lado dos militantes do PSD e até do CDS tem o problema do Líder e os empresários que gostam e precisam de Paz, o líder porque o PSD corre o risco de levar com a tropa Passos Coelho de tão triste memória para todos, o Rangem com as tropas de Passos Coelho não auguram nada pacifico para o ambiente empresarial, Já os Comunistas tropas fieis dos Partidos BE e PCP sentem agora a necessidade de cornear o partido, contra a vontade, mas destroçados pelas decisões e politicas durante a geringonça sentem-se traídos e prejudicados por sentirem que os seus partidos puseram á frente os interesses partidários dos interesses dos seus militantes, sofrerá mais o PCP porque é uma franja muito obediente que deixou durante 6 anos de ouvir falar em trabalhadores, era só funcionários públicos, funcionários públicos, Médicos enfermeiros, professores, voltando agora á porta de eleições a ouvir falar em Trabalhadores, até já estranham, depois temos aquela enorme cota de Pessoas idosas fieis ás extremas de direita e de esquerda, que viram as suas vidas prejudicadas com o derrube do Governo, sentem as Reformas adiadas e a esperança que o PS ganhe as eleições para ter as suas reformas com retroatividade e restantes melhorias que esperavam e ficaram adiadas, na área do PSD ainda existe os beneficiários dos abonos de família e alargamento nos escalões do IRS, não será de estranhar por todos estes motivos que o PS obtenha a necessária maioria absoluta, já que a própria sociedade vê necessidade que isso aconteça, acha que é mesmo necessário punir todos os Partidos Políticos em geral por travar uma governação que apesar de esquisita e de uma critica aqui e alem estava globalmente a governar satisfatoriamente, daí se prevendo uma vitoria esmagadora por grande maioria mesmo do PS de António Costa.