Um novo estudo mostra que, mesmo que fume regularmente há vários anos, nunca é tarde demais para parar. Ao fazê-lo, reduz significativamente o risco de cancro.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, há cerca de 1,1 mil milhões de fumadores no mundo e, não é segredo nenhum, que deixar de fumar é altamente benéfico para a saúde destas pessoas — mesmo quando já fuma há muitos anos. Um novo estudo prova que, de facto, deixar de fumar, a qualquer altura das nossas vidas, reduz o risco de vir a ter cancro do pulmão.
Os cientistas descobriram que pessoas que fumavam regularmente, mas que desde então deixaram o vício, têm um maior número de células geneticamente saudáveis comparativamente com aqueles que ainda continuam a fumar. As conclusões chegaram após análises a biopsias de pulmões dos participantes.
Nove em cada dez células pulmonares das pessoas que atualmente fumam continham 10.000 mutações genéticas adicionais em comparação com as que não fumam. Enquanto isso, segundo o IFLScience, aqueles que deixaram de fumar tinham quatro vezes mais células geneticamente saudáveis em comparação com os que ainda fumavam.
O estudo foi publicado em janeiro na revista científica Nature. Por ano, há 1,8 milhões de pessoas que morrem devido ao cancro do pulmão causado pelo tabaco. Os cigarros contêm agentes carcinogénicos que afetam severamente os nossos pulmões e aumentam o risco de desenvolver cancro.
“As pessoas que fumam muito há 30, 40 anos ou mais costumam dizer-me que é tarde demais para parar de fumar — o mal já está feito”, contou o autor principal do estudo, Peter Campbell.
“O que é mais empolgante no nosso estudo é que ele mostra que nunca é tarde para parar. Algumas pessoas no nosso estudo fumaram mais de 15 mil maços de cigarros ao longo da vida, mas poucos anos depois de pararem, muitas células das vias respiratórias não mostraram evidências de danos causados pelo tabaco“, acrescentou Campbell em comunicado.