Doação de órgãos de dador falecido aumentaram 19%. Números serão apresentados esta terça-feira. Portugal tem 400 mil dadores registados e ocupa a 17ª posição a nível mundial.
Ao contrário do que seria expectável, os últimos três anos — que coincidiram com o surgimento da pandemia — ficaram marcados por um aumento generalizado das doações e transplantes realizados. De acordo com informações avançadas pelo Diário de Notícias, em 2019, Portugal efetuou 20 transplantes nacionais com recurso a células estaminais hematopoiéticas, provenientes de dadores pertencentes ao Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão (CEDACE).
Em 2020, o número aumentou para 26 e em 2021 situou-se nos 23. Para além destes, no ano de 2019 foram realizados 44 transplantes em pacientes portugueses com células estaminais hematopoiéticas de dadores estrangeiros. Este valor decresceu ligeiramente em 2020 (49), mas aumentou significativamente em 2921 (65). Já os transplantes em doentes internacionais, através de dadores portugueses estão em queda há três anos: em 2019 foram 57, em 2020 foram 47 e no ano passo 46. Nota para os dois transplantes com células do cordão umbilical em 2019 e 2020 (um por ano).
Esta terça-feira o Instituto Português do Sangue e da Transplantação juntamente com a Coordenação Nacional da Transplantação anunciará mais dados relativos à colheita e transplantação de órgãos. Os primeiros sinais apontam para uma retoma da atividade. No que respeita à doação de órgãos de dadores falecidos, registou-se um aumento de cerca de 19%.
A tendência crescente estende-se à atividade com tecidos e células, com aumentos na ordem dos 15% no número de tecidos colhidos. Ainda segundo a mesma fonte, Portugal apresentava, no final do ano de 2021, cerca de 400 mil inscrições no registo nacional CEDACE para possíveis dadores de células estaminais (CEH).