/

Número de cirurgias em atraso duplicou em quatro anos

1

O número de doentes que esperam por cirurgias mais tempo do que o recomendado duplicou em quatro anos, passado de de 22.467 para mais de 45.000, escreve o jornal Público esta quarta-feira.

De acordo com o matutino, que tem por base dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), há cada vez mais doentes a aguardar por cirurgias e a tendência é que a resposta surja mais tarde do que o ideal.

Em março, 45.183 pessoas estavam à espera para serem operadas há mais tempo do que o recomendado. O número, que representa 18,5% do total de doentes inscritos no SIGIC (Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia), não era tão elevado há, pelo menos, quatro anos. Em janeiro de 2015, apenas 10,6% dos utentes no SIGIC se encontravam nesta situação, observa o jornal.

Em declarações ao Público, o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço aponta as alterações ao Tempo Máximo de Resposta Garantido e as greves como fatores que motivaram esta subida. “O que temos vindo a apelar é por uma maior autonomia dos hospitais”, considerou.

No final do primeiro trimestre deste ano, o Hospital Garcia de Orta, o Centro Hospitalar Tondela-Viseu, o Instituto Português Oncologia (IPO) de Lisboa e o IPO do Porto eram os que tinham uma maior percentagem de doentes a esperar mais tempo do que o ideal por cirurgias — entre os 31% e os 38%.

ZAP //

1 Comment

  1. Há 2 anos que estou à espera para extração da vesícula. Na semana anterior à penúltima grave dos enfermeiros fui convocado para ser operado na semana seguinte; depois de ter sido preparado com internamento na véspera e estar pronto no próprio dia (até sem comer nem beber nada), fui mandado embora por falta de profissionais. Qual não foi o meu espanto quando, agora e novamente uma semana antes de uma nova greve – desta feita de enfermeiros e médicos -, fui convocado para a desejada e necessária intervenção a acontecer exatamente aquando da greve… Coincidências?
    – O facto é que continuo à espera. Será que passei, novamente, para o fim da lista? Será assim que o Ministério da Saúde “faz mágica” com os números?

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.