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“Uma num milhão”. Detetada rara super-Terra a 25.000 anos-luz

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Goddard de NASA/Chris Smith

Uma equipa de astrónomos da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia, descobriu uma rara super-Terra a 24.722 anos luz de distância.

O mundo em causa é um planeta semelhante à Terra e que orbita uma estrela com um décimo da dimensão do Sol, detalham os astrónomos na nova investigação, cujos resultados foram esta semana publicados na revista Astronomical Journal.

A estrela mãe deste mundo é tão pequena que os cientistas não sabem ainda se terá apenas uma massa muito baixa ou se será uma anã castanha, um corpo celeste frio semelhante a uma estrela vulgarmente conhecido como “estrela falhada”.

O planeta terá uma massa compreendida entre a da Terra e a de Neptuno e orbitará num espaço entre Vénus e a Terra a partir da sua pequena estrela-mãe.

O seu “ano” durará 617 dias, precisa ainda o portal Tech Explorist.

Os autores do estudo, Herrera Martin e Michael Albrow, defendem que esta descoberta é “incrivelmente rara”, representando “uma num milhão”.

Na publicação, os astrónomos sublinham que a nova descoberta corresponde a um dos poucos exoplanetas com dimensões e órbitas semelhantes às da Terra. Apenas um terço dos 4.000 exoplanetas até agora descobertos, enfatizam, são rochosos e uma “fatia” ainda mais pequena tem uma órbita semelhante à da Terra.

Micro-lente gravitacional

Para chegar a esta descoberta incomum, os cientistas utilizaram a micro-lente gravitacional, uma técnica baseada em previsões da relatividade geral.

“A gravidade combinada do planeta e da sua estrela hospedeira fez com que a luz de um fundo e de uma estrela mais distante fosse aumentada de uma maneira particular”, explicou Martin, observando ainda que “se utilizaram telescópios de todo o mundo para medir o efeito da flexão da luz”.

O planeta ainda não foi oficialmente batizado, mas o evento de micro-lente que levou à sua descoberta foi apelidado de OGLE-2018-BLG-0677.

Os astrónomos consideraram ainda, segundo o portal Science Alert, que a descoberta de planetas rochosos é importante na procura de vida extraterrestre.

ZAP //

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