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Novo tratamento regenera corações danificados

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Um grupo de cientistas conseguiu reactivar o crescimento das células musculares do coração de um rato através do estímulo de uma hormona, abrindo a possibilidade para novos tratamentos contra ataques cardíacos.

“O que a equipa de investigação conseguiu fazer foi aumentar o número de células musculares cardíacas em até 45% depois de um ataque do coração”, realçou Richard Harvey, investigador da Universidade de Nova Gales do Sul e do Instituto de Investigação Cardíaca Victor Chang de Austrália.

Para o especialista, trata-se de um importante passo para reparar corações danificados, já que as suas células não se regeneram “ao contrário das do sangue, cabelo ou da pele”, refere um comunicado da universidade.

A divisão celular no coração praticamente estagna pouco depois do nascimento, o que significa que não pode regenerar-se completamente se se danificar ao longo da vida”, explicou o mesmo responsável, acrescentando que estudos anteriores mostram que se podem regenerar estas células, mas a níveis mínimos.

No âmbito desta investigação, os cientistas centraram-se no sistema de sinalizações do coração – onde intervém a hormona neuroregulina, cuja via foi modificada e quando estimulada durante um ataque cardíaco contribuiu para a substituição dos músculos afectados, segundo o comunicado citado pela agência Efe.

“Esta conquista fará com que a atenção se dirija para o campo da restauração das células dos músculos do coração como uma opção terapêutica para as doenças cardiovasculares isquémicas”, enfatizou Harvey.

O estudo, desenvolvido por uma equipa de investigadores do Instituto de Ciência Weizmann, em Israel, e do Instituto Victor Chang, na Austrália, foi publicado na revista Nature Cell Biology.

ZAP / Lusa

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