Novo tratamento para tumores cerebrais aumenta o tempo de vida

ZAP // NightCafe Studio

Os cancros cerebrais mais agressivos matam, frequentemente, em menos de um ano. Agora, uma nova terapia de radiação pode ajudar os doentes a viver mais tempo.

O glioblastoma – tumor que atinge o Sistema Nervoso Central e se desenvolve no cérebro ou na medula espinhal – tem uma evolução rápida e é incurável.

O tempo médio de sobrevivência para pessoas diagnosticadas com mais de 65 anos é entre seis e nove meses, disse, à Live Science, Sujay Vora, oncologista da Mayo Clinic.

No entanto, uma nova terapia – apresentada num estudo publicado em dezembro na revista The Lancet Oncology –  pode prolongar a sobrevivência dos doentes e reduzir a duração do tratamento.

Sujay Vora e os seus colegas concentraram-se em melhorar a quimioterapia pós-cirúrgica e a radiação para os doentes com glioblastoma.

Pretendiam ajustar o tratamento de radiação para atingir melhor as áreas ativas do tumor e reduzir os efeitos secundários para os doentes, que podem incluir fadiga e perturbações cognitivas.

Normalmente, os tumores dos pacientes são mapeados por ressonância magnética antes de serem submetidos à radiação. Aqui, os investigadores acrescentaram um outro tipo de imagiologia, denominado 18F-DOPA PET.

Como detalha a Live Science, trata-se de um tipo de tomografia por emissão de positrões (PET) – uma técnica em que os médicos injetam uma pequena quantidade de marcador radioativo no doente e o exame identifica o local para onde vai a maior parte desse marcador.

Esta técnica deteta áreas de metabolismo invulgar – incluindo as células cancerosas, que têm um metabolismo mais intenso do que as células saudáveis. A 18F-DOPA PET utiliza um marcador radioativo que é particularmente eficaz na deteção de anomalias em determinados neurónios.

Resultados promissores

Após a cirurgia, 39 participantes no ensaio (todos com mais de 5 anos) receberam este novo tratamento durante uma a duas semanas.

Apesar de o tempo de sobrevivência típico para o diagnóstico ser inferior a um ano, 22 dos 39 pacientes estavam vivos 12 meses após o tratamento.

Além disso, em vez de uma sobrevivência média de seis a nove meses, os doentes tinham uma média de 13,1 meses.

Em alguns doentes com um tipo de glioblastoma menos resistente ao tratamento devido à sua genética, o tempo de sobrevivência ultrapassou os dois anos.

Como enaltece a Live Science, os resultados foram tão promissores que a Mayo Clinic está a abrir o ensaio a doentes com glioblastoma de todas as idades.

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