Os habitantes de Pequim apreciadores de frango no churrasco já têm onde satisfazer o gosto: no “Dom Frango”, restaurante luso-chinês inaugurado no fim-de-semana, com uma equipa de cozinheiros formada por um ‘chef’ do Porto.
“A carne de que os chineses gostam mais, mais do que vaca, é a de frango. Os frangos são maiores e um pouco mais secos do que os nossos, mas acabámos por encontrar um fornecedor que nos arranja um de 800 gramas”, disse o sócio português da empresa, Alfredo Sá Couto.
É o segundo restaurante português de Pequim, com cerca de 80 lugares, mas ao contrário do “Camões”, aberto em 2008 num hotel de cinco estrelas, o “Dom Frango” fica num concorrido centro comercial da 3.ª Circular da cidade.
Além do “produto de eleição” (frango no churrasco), o novo restaurante serve caldo verde, ameijoas à Bulhão Pato, bife à portuguesa, açorda de gambas e outros pratos típicos.
O menu, incluindo uma carta com vinhos de Portugal, Espanha e outros países, está escrito em chinês, português e inglês.
“Queremos dar a conhecer novos sabores. Sabemos que há uma nova classe média chinesa que gosta de jantar fora e de experimentar coisas novas”, disse o gerente Alexandre Prata.
A localização – junto à entrada de uma grande sala de cinema – também pode ajudar: “Às 10 da manhã já gente a ir ao cinema”, contou Armindo Alves, professor da Escola de Hotelaria e Turismo do Porto que durante dois meses esteve em Pequim a formar os oito cozinheiros chineses do “Dom Frango”.
“Faltam muitos ingredientes a que estamos habituados, como o bacalhau, por exemplo, e a comunicação é um problema, mas acho que vai resultar bem”, afirmou o ‘chef’ português.
O embaixador de Portugal na China, Jorge Torres-Pereira, saudou a abertura do “Dom Frango” como “um bom exemplo do que empresários portugueses e chineses podem fazer juntos”.
“A partir de agora, aos fins-de-semana, se quiserem saber por onde anda o embaixador de Portugal, é só passarem por aqui”, disse o diplomata.
O município de Pequim tem cerca de vinte milhões de habitantes.
Desde a realização dos Jogos Olímpicos, em 2008, abriram na cidade centenas de restaurantes estrangeiros, nomeadamente coreanos (a maior comunidade de expatriados), japoneses, italianos, americanos, franceses, espanhóis e mexicanos.
/Lusa