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O Majorana 1, da Microsoft, foi apresentado esta quinta-feira.
Microsoft diz ter encontrado o tão procurado caminho para um milhão de qubits e para o colocar num único chip que pode caber na palma da mão.
A Microsoft apresentou o Majorana 1, um novo processador quântico impulsionado por uma arquitetura conhecida como núcleo topológico, com a que espera conseguir ordenadores quânticos comerciais capazes de resolver problemas complexos em anos em vez de décadas.
Para tal usa “o primeiro” topocondutor do mundo, um tipo de material inovador que pode observar e controlar partículas de Majorana para produzir qubits — componentes básicos dos computadores quânticos — mais fiáveis.
Segundo o estudo publicado na Nature na quarta-feira, esta nova arquitetura oferece “um caminho claro” para colocar um milhão de qubits num único chip que pode caber na palma da mão.
“Este é um passo necessário para que os ordenadores quânticos ofereçam soluções que, de facto, transformem o nosso mundo, como a decomposição dos microplásticos em subprodutos inofensivos ou a invenção dos materiais que se autorregenerem para a construção, a indústria ou a saúde”, escreveu a Microsoft em comunicado.
O topocondutor é uma categoria especial de material que pode criar um estado completamente novo de matéria. Não um estado sólido, líquido ou gasoso, mas um estado topológico, explicou a empresa.
Isto permite a produção de um qubit nais estável, que é rápido, pequeno e controlável digitalmente.
“Tal como a invenção dos semicondutores permitiu os smartphones, os computadores e toda a eletrónica que nos rodeia hoje, os topocondutores e o novo tipo de chip oferecem um caminho para desenvolver sistemas quânticos que podem atingir um milhão de qubits. Graças a isto, serão capazes de abordar os problemas mais complexos do nosso mundo“, antecipou.
O mundo quântico funciona de acordo com as leis da mecânica quântica, que não são as da física, que governam o mundo que se vê. As partículas designam-se qubits, ou bits quánticos, análogos aos bits, ou ‘uns’ e ‘zeros’, usados nos computadores e dispositivos digitais.
Os qubits são sensíveis às perturbações na sua envolvência, o que causa a sua desintegração e perda de informação. Um desafio implícito é o de desenvolver um qubit que se possa medir e controlar, bem como protegê-lo dos perigos da envolvência.
“O que quer que se esteja a fazer no espaço quântico tem de ter um caminho para um milhão de qubits. Se assim não for, vai bater numa parede antes de chegar à escala em que pode resolver os problemas realmente importantes que nos motivam”, disse Nayak. “De facto, conseguimos encontrar um caminho para um milhão“, afirmou Chetan Nayak, membro técnico da Microsoft.
ZAP // Lusa
porreiro, vai-se finalmente resolver o conflito da Palestina. e o da Ucrânia. e a emergência climática. e a estupidez humana.