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Uma nova pesquisa comparou o efeito na saúde dos banhos de água quente com alternativas como as saunas secas e de infravermelhos e revelou que os banhos imersivos são a melhor opção.
Um novo estudo da Universidade do Oregon publicado na American Journal of Physiology revelou que os banhos de imersão em água quente podem oferecer mais benefícios fisiológicos do que as tradicionais saunas secas ou de infravermelhos.
A investigação, conduzida pelo Bowerman Sports Science Center, comparou diretamente estas três formas de aquecimento passivo, concluindo que mergulhar o corpo em água quente é uma das formas mais eficazes de promover a saúde cardiovascular, imunitária e celular.
Durante o estudo, 20 jovens adultos participaram em três sessões distintas: imersão em água a 40,5 °C durante 45 minutos; sauna tradicional seca a 80 °C em três ciclos de 10 minutos; e sauna de infravermelhos a 45–65 °C durante 45 minutos. Entre sessões, foi garantido um intervalo de uma semana para permitir a recuperação fisiológica.
Sob a orientação do professor Chris Minson, os investigadores monitorizaram a temperatura corporal central, pressão arterial, ritmo cardíaco, débito cardíaco e respostas imunitárias antes e após cada sessão. Os resultados mostraram que a imersão em água quente elevou significativamente a temperatura corporal, desencadeando respostas fisiológicas benéficas que se mantiveram mesmo após o banho.
“A imersão foi a mais eficaz a aumentar a temperatura interna, o que por si só desencadeia melhorias na circulação sanguínea e saúde vascular”, explicou Minson. O estudo revelou ainda que apenas os banhos de água quente provocaram uma resposta inflamatória saudável, evidenciada por alterações em citocinas e no comportamento das células imunitárias, indicando um estímulo positivo ao sistema imunitário.
Esta resposta deve-se ao facto de, ao contrário das saunas, o corpo submerso não conseguir arrefecer eficazmente através do suor, o que leva a um aumento mais rápido da temperatura central e, consequentemente, a uma resposta mais forte do organismo, refere o Tech Explorist.
Minson sublinha que, embora o exercício físico continue a ser a via mais eficaz para melhorar a saúde, a terapia térmica pode ser uma alternativa viável, sobretudo para quem não pode ou não quer praticar desporto. O autor acrescenta ainda que os benefícios não se limitam ao aspeto fisiológico: “Estas experiências têm também uma dimensão cultural, social e até espiritual que não deve ser ignorada.”