Novo curso de Medicina só vai ter vaga para dez alunos portugueses

O novo curso de Medicina da Universidade Fernando Pessoa só vai ter vaga para dez estudantes portugueses. As restantes 30 vagas estão destinadas a alunos estrangeiros, avança a própria universidade.

A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) aprovou um novo curso de Medicina no ensino superior privado. As aulas do mestrado integrado de seis anos vão decorrer no Porto, onde fica a sede da universidade, e em Gondomar, onde existe uma unidade de saúde privada.

A universidade portuense segue-se à Universidade Católica, cujo curso foi aprovado em 2020 e abriu em setembro de 2021.

Inicialmente, de acordo com o jornal Público, o projeto que a Universidade Fernando Pessoa apresentou à Agência de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior (A3ES) previa a abertura de 100 lugares anuais para novos alunos. Neste caso, a instituição de ensino reservava 20 vagas para candidatos nacionais.

Porém, face às limitações impostas pela A3ES, o curso apenas vai poder ter 40 vagas no seu primeiro ano. Mais tarde, o curso privado vai poder chegar aos 60 lugares.

Ainda não é conhecido qual será o valor das propinas. A Universidade Católica, por exemplo, cobrava 16.250 euros anuais quando o curso abriu. Isto equivale a quase 100 mil euros ao longo dos seis anos de formação.

O curso tem início em setembro, mas a Universidade Fernando Pessoa não avança quando é que vão abrir as candidaturas.

A Universidade de Évora também tenciona abrir um curso de Medicina, embora o projeto esteja ainda numa fase embrionária.

Nos últimos anos, outras instituições de ensino superior viram rejeitados os seus pedidos de abertura de cursos de medicina.

É o caso do Instituto Universitário de Ciências da Saúde da CESPU, uma das quatro escolas superiores da instituição, na qual são já ministrados os cursos de Medicina Dentária e Veterinária.

Em setembro do ano passado, também a Universidade de Aveiro anunciou que ia formalizar o pedido de acreditação em outubro e esperava aprovação no início do ano para abrir o curso de Medicina, com cerca de 40 vagas.