/

Novo Banco quer extinguir 1.000 postos de trabalho

2

Novo Banco

Eduardo Stock da Cunha, Presidente do Conselho de Administração do Novo Banco

Eduardo Stock da Cunha, Presidente do Conselho de Administração do Novo Banco

Comissão de trabalhadores diz que a administração do Novo Banco pretende cortar mil postos de trabalho, entre os quais 500 serão afastados através de um despedimento coletivo.

A administração do Novo Banco esteve reunida esta quinta-feira com a comissão de trabalhadores, da qual saiu a intenção de cortar mil postos de trabalho, 500 dos quais em despedimento coletivo, revela o Jornal de Negócios.

“No seguimento do plano de reestruturação imposto pela União Europeia e que já se encontra em curso, o banco terá que reduzir em 2016, cerca de 1000 postos de trabalho, sendo suposto que 500 sejam através do recurso a um despedimento colectivo“, diz a comissão de trabalhadores em comunicado.

Ainda não é certo quais vão ser os critérios utilizados por Eduardo Stock da Cunha para a extinção destes postos de trabalho, nem quais “as estruturas que poderão vir a encerrar”.

Por sua vez, a comissão de trabalhadores, liderada por Carlos Gonçalves, tem uma posição muito clara sobre esta decisão.

“Informámos que não aceitamos nem pactuamos, de forma alguma, com despedimentos coletivos no nosso banco”, adianta o documento.

“Os trabalhadores do Novo Banco são profissionais sérios e honestos, não tendo quaisquer responsabilidades sobre o que se passou com o BES, em Agosto de 2014”, pode ainda ler-se.

“Solicitamos a todos os trabalhadores que não assinem qualquer documento, sem previamente consultarem a comissão nacional de trabalhadores ou o seu sindicato”, refere.

Esta decisão surge depois de terem sido revelados os resultados do “banco bom” em 2015, ou seja, um prejuízo de 980,6 milhões de euros.

A comissão de trabalhadores vai pedir audiências com o primeiro-ministro António Costa, os ministros das Finanças e do Trabalho, com os grupos parlamentares e ainda com o governador do Banco de Portugal.

A ideia é “manifestar o absoluto repúdio com esta tentativa de despedimento coletivo”, pode ler-se no documento da comissão, que já veio expressar que a nacionalização do banco é o caminho a seguir.

ZAP

2 Comments

  1. A União Europeia (supostamente…) exige o despedimento, mas… exige que o emprego aumente! Em que ficamos?

    Quanto aos postos de trabalho… É assim que se consegue excelentes resultados. O lucro começa logo a aparecer… Porque será?

  2. Pelos vistos já estão a fugir à estratégia do governo que tanto condenou na oposição o desemprego e a saída de milhares de portugueses do país esquecendo-se das causas da desgraça, agora pelos vistos em breve devem estar por aí todos de regresso mas com notícias destas duvido imenso que as promessas se tornem realidade.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.