Marques Mendes garante que já foi dado o pontapé de saída para a o processo de venda do Novo Banco, adiantando que as propostas devem ser apresentadas até ao verão.
Luís Marques Mendes anunciou este domingo que a base de dados (data room) do Novo Banco já está disponível, revelando que “as propostas podem ter um formato flexível, para 100%, para 51%; venda directa numa parte e bolsa noutra parte; é um processo diferente do anterior”.
No seu habitual espaço de comentário na SIC Notícias, o social-democrata disse que os candidatos do processo de venda do Novo Banco têm que entregar propostas até ao Verão, data que já tinha sido anunciada.
O Diário Económico sublinha que o caderno de encargos já publicado define que os interessados no Novo Banco poderão materializar o investimento em várias fases: o concurso no Procedimento de Venda Estratégica, o Procedimento de Venda em Mercado como Cornerstone Investors (investidores de referência), ou como investidores institucionais no IPO (Oferta Pública Inicial).
O data room foi preparado pelo Deutsche Bank e JP Morgan, bancos advisers que já estão convidar interessados à compra da instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha.
O presidente do Santander Totta já disse publicamente que tem interesse em voltar a estudar o dossiê Novo Banco, e uma fonte da Apollo Global Managment, o fundo de private equity norte-americano que esteve na corrida no concurso que fracassou no Verão passado, admitiu ao Económico voltar a estar no novo processo de venda, mas que só tomará decisão depois de conhecer a operação.
O presidente do BCP, Nuno Amado, disse recentemente que se fosse autorizado pela DG Comp admitiria concorrer à compra do Novo Banco, relembrando a proibição de aquisição que só pode ser levantada em condições excepcionais, assunto sobre o qual afirma que o Estado está a negociar com Bruxelas.
Na apresentação de resultados, o presidente do Banco afirmou que “se nos derem essa oportunidade, analisaremos”.
Por fim, também o BPI é apontado como interessado no Novo Banco, apesar de na última conferência de imprensa Fernando Ulrich ter dito que não comentava o dossiê.
O Jornal de Negócios recorda que, no final de Março, o Banco de Portugal esclareceu que estava a trabalhar em “duas vias paralelas” para vender o Novo Banco: a alienação direta a investidores estratégicos ou a venda em mercado com recurso a um ou mais investidores de referência, sendo privilegiados os potenciais interessados com investimentos no sector financeiro.
Nos dois modelos possíveis de venda, relata o Negócios, os candidatos não podem ter “pendente qualquer litígio administrativo ou judicial contra” a resolução do BES, a criação do Novo Banco, a transmissão de ativos, passivos ou elementos extrapatrimoniais do “banco mau” para o banco de transição ou qualquer decisão do Banco de Portugal sobre a instituição liderada por Stock da Cunha.
ZAP
Este artista está em todas!…
Muito cuidado com ele!…