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Novo Banco apresenta nova imagem. “Agora é o renascimento”, diz Ramalho

Rodrigo Antunes / Lusa

O presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho

O presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, durante a apresentação da nova imagem de marca

O presidente do Novo Banco disse, esta segunda-feira, que a nova imagem representa o “renascimento” da instituição financeira, que está numa “rota de lucro e rendibilidade”.

Na apresentação da nova imagem de marca do Novo Banco, num balcão remodelado da Avenida da República, em Lisboa, António Ramalho repetiu muitas vezes a palavra “renascimento”, considerando que a nova imagem marca uma nova fase da vida do banco.

“O banco viveu um período de sete anos, 3,5 anos a resolver [o legado do BES] e 3,5 anos a restaurar. Agora é o renascimento”, disse.

O presidente do Novo Banco disse que a nova imagem é a voz dos colaboradores, pois contou com as suas ideias: “Foram os colaboradores os heróis incógnitos que preservaram a instituição e a trouxeram até aqui”.

A renovação da nova imagem do banco será progressiva, estando prevista a renovação de 50 balcões até ao final da semana e de 100 até final do ano. Os restantes balcões serão remodelados ao longo de 2022. O Novo Banco vai também mudar os serviços centrais de Lisboa da Avenida da Liberdade e da Rua Castilho para o Tagus Park, em Oeiras, em 2022.

António Ramalho disse que quando isso for feito os edifícios serão vendidos. “Faremos o que temos feito com o passado, desfazermo-nos”, afirmou.

“Demorará o seu tempo, mas [o banco] será no futuro reconhecido como um sucesso“, afirmou ainda o presidente executivo, citado pelo jornal online Observador.

Sobre os resultados do banco, Ramalho não quis adiantar dados, sendo que as contas do terceiro trimestre serão conhecidas esta semana, mas referiu que os do primeiro semestre demonstraram já a “rota de lucro e rendibilidade em que o banco está”.

O responsável disse ainda que, terminada a reestruturação, irá ser avaliada a compra de bancos mais pequenos. O processo de reestruturação termina no fim deste ano, mas ainda deverá demorar alguns meses até Bruxelas o finalizar formalmente.

“Olharemos para todas as hipóteses de crescimento, sobretudo na segunda linha de bancos”, afirmou.

Já questionado sobre se o banco continuará a receber dinheiro do Estado em 2022 para se recapitalizar (através do Mecanismo de Capital Contingente, criado em 2017 na venda de 75% do banco à Lone Star), apesar de na proposta do Orçamento do Estado não constar qualquer valor inscrito, o presidente executivo não quis falar do tema.

Ramalho disse apenas que o banco tem diferendos na Justiça arbitral com o Fundo de Resolução (o novo banco considera que há valores que o Fundo deveria pagar mas com que este não concorda) e que só falará no final do processo judicial.

Sobre a redução de trabalhadores, Ramalho também não quis adiantar objetivos concretos, referindo apenas que o banco está “num processo de redução continuada mas com serenidade”, em diálogo com sindicatos e comissão de trabalhadores.

ZAP // Lusa

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