Novo Banco afasta plano agressivo de saídas até ao final do ano

José Sena Goulão / Lusa

António Ramalho, presidente do Novo Banco

O Novo Banco afasta, até ao final do ano, a possibilidade de avançar com um plano mais agressivo de saídas de trabalhadores para cumprir as metas definidas por Bruxelas.

De acordo com o Jornal de Negócios, a decisão foi anunciada numa reunião entre a comissão de trabalhadores e a administração do Novo Banco, realizada no final de julho. O banco pretende continuar a “encolher” a sua estrutura, mas só através de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo focadas em determinadas áreas.

Segundo o jornal, o banco tem como meta uma redução de cerca de 750 pessoas até 2023. Na reunião anterior, em maio, já tinha sido indicado que o plano estava em linha com aquilo que a instituição previa, sendo que, até março, saiu cerca de 25% do objetivo anual.

As contas apresentadas esta segunda-feira mostram que o Novo Banco reduziu 112 trabalhadores e fechou 10 agências no primeiro semestre. Em junho, o grupo tinha 4448 funcionários e 348 balcões em Portugal.

o Novo Banco divulgou também que teve lucros de 137,7 milhões de euros no primeiro semestre, que comparou com os prejuízos de 555,3 milhões de euros no mesmo período de 2020.

Recorde-se que, no final do ano, as autoridades europeias vão decidir se dão luz verde para o fim do plano de reestruturação do banco.

O Novo Banco nasceu a 3 de agosto de 2014 (completa esta terça-feira sete anos) na resolução do Banco Espírito Santo (BES).

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