O prazo para requerer o novo apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores terminou na passada sexta-feira e os pedidos serão analisados esta semana. Os desempregados têm receio de que, após quase dois meses sem rendimentos, os pagamentos do novo apoio cheguem apenas em março.
O Dinheiro Vivo contactou o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, tutelado por Ana Mendes Godinho, que explicou que apreciação de cada pedido será feita após o fim do prazo para requerer o apoio. Isso significa que só esta semana os pedidos – pelo menos, 50 mil – serão analisados.
O gabinete não avança a data em que a Segurança Social prevê começar a realizar os primeiros pagamentos. Na semana passada, Ana Mendes Godinho deu a indicação de que os pagamentos acontecerão por ordem de entrada dos pedidos, mas também sem avançar datas.
Muitos potenciais beneficiários do novo apoio estão preocupados com o facto de os pagamentos chegarem apenas em março, numa altura em que o final do mês se aproxima.
O matutino escreve que há desempregados que, depois de receberem por e-mail a informação da Segurança Social de que poderiam candidatar-se ao AERT, viram anulados outros pedidos de apoios que já davam como certos.
É o caso de Liliana Pereira. Ao Dinheiro Vivo, contou que, até dezembro estava a receber o subsídio social de desemprego, e tinha um pedido de apoio ao desemprego de longa duração aprovado para transferência a 26 de fevereiro. Com base nessa informação, assumiu o compromisso com a senhoria de pagar a renda nessa data.
Acontece que, face à possibilidade de aceder ao AERT, decidiu cancelar o pedido de apoio anterior.