Observações de galáxias antigas recolhidas pelo telescópio espacial James Webb já indicavam que a Teoria do Big Bang poderia estar errada. Agora, uma nova análise diz que a esquecida teoria da “luz cansada” pode na verdade explicar a origem do Universo.
Num novo estudo, recentemente publicado na revista cientifica Particles, o astrofísico Lior Shamir sugere que uma teoria alternativa, quase esquecida, pode ser a correta para explicar a origem do Universo: a hipótese da “luz cansada”.
Esta teoria, proposta na mesma altura pelo astrónomo suíço Fritz Zwicky, afirma que as galáxias não estão a acelerar, mas que os fotões — as partículas de luz emitidas pelas estrelas — perdem energia à medida que viajam pelo Espaço.
Esta perda de energia é a causa do “desvio para o vermelho” que os astrónomos utilizam como indicador da velocidade e da distâncias das galáxias.
O desvio para o vermelho é um fenómeno em que a luz emitida por um objeto no Espaço é desviada para a parte vermelha do espetro da luz visível quando chega aos telescópios na Terra.
Este desvio ocorre quando um objeto se move rapidamente na direção oposta à do observador. As ondas de luz que emite são esticadas, tal como o som da sirene de uma ambulância se altera à medida que passa por nós devido ao efeito Doppler.
A maioria dos cientistas interpreta o desvio para o vermelho como um sinal da expansão do Universo, mas Shamir utilizou imagens de mais de 30 000 galáxias observadas por três telescópios diferentes para medir a forma como o desvio para o vermelho varia com a distância e a direção de rotação das galáxias em relação à Terra.
De acordo com o El Confidencial, Lior Shamir descobriu que as galáxias que rodam na mesma direção que a Via Láctea têm um desvio para o vermelho mais elevado do que as que rodam na direção oposta.
“Além disso, a diferença de desvio para o vermelho aumenta à medida que o desvio para o vermelho da galáxia observada aumenta”, refere o estudo.
“A consistência da análise foi verificada através da comparação de dados recolhidos por três telescópios diferentes, anotados utilizando quatro métodos diferentes, publicados por três equipas de investigação diferentes e cobrindo tanto a extremidade norte como a extremidade sul do polo galáctico”, acrescenta Shamir.
“Todos os conjuntos de dados estão em excelente concordância uns com os outros, mostrando consistência no desvio do desvio para o vermelho observado.
Isto sugere que o desvio para o vermelho pode depende da distância das galáxias, como proposto por Zwicky, e não da velocidade a que se estão a afastar.
Os resultados, afirma, são facilmente reproduzíveis, o que pode fazer deste trabalho de campo a primeira observação empírica diretamente reproduzível do modelo de “luz cansada” de Zwicky.
As descobertas experimentais de Shamir sugerem que a teoria da luz cansada merece uma consideração séria. “O modelo cosmológico padrão e as teorias básicas da formação de galáxias e da história do Universo estão incompletos”, escreve Shamir.
Se as observações de Shamir estiverem corretas, terão implicações profundas na nossa compreensão do Universo. Significa isto que o Big Bang nunca aconteceu? Não necessariamente. Mas sugere que algo fundamental na compreensão do cosmos pode estar profundamente errado.
A única certeza que há é que a astronomia e a física estão num ponto de viragem. As imagens do JWST e estudos como o de Shamir estão a forçar os cosmólogos a reconsiderar alguns dos princípios básicos sobre os quais construíram as suas teorias durante décadas.
Para Shamir, “é evidente que as teorias atuais não podem coexistir com o modelo de desvio para o vermelho tal como é utilizado atualmente” — mas é provável que nos próximos anos vejamos mais estudos que desafiem e aperfeiçoem as teorias do Universo.
Conseguem provar a teoria? Não…. Mais uma teoria criada como tantas outras criadas para se tornarem famosos
A teoria de Fritz Zwicky é antiga, em termos de conhecimento astronómico, ele faleceu em 1974.
A teoria da luz cansada, não contraria o Big Bang, mas sim a aceleração exponencial do Universo, não a expansão do Universo.
Considerar-se atualmente que a velocidade de expansão é superior à velocidade da luz!???? Hummm!
As duas teorias poderão coexistir perfeitamente e a compreensão do Universo ficará muito mais confortável.
De qualquer maneira a constatação empírica é meio caminho para a confirmação científica.
Tudo se degrada neste Universo, a luz concerteza também se cansa.
Seria perfeitamente possível a “velocidade” de expansão ser superior à da luz, porque nenhuma lei física seria violada.
Isto porque no universo em expansão os objetos (estrelas galáxias planetas, moléculas, átomos) de facto não se movem, o que acontece é que é criado espaço entre eles.
Estes objetos, incluindo nós seres humanos, não se desagregam porque, por enquanto, as forças de coesão (gravidade, forças de coesão celular, interação forte, etc.) são suficientes para manter os objetos coesos, compensando a expansão do universo, que ocorre por todo o lado, incluindo por exemplo nas nossas entranhas!