Uma nova câmara nos veículos automóveis é capaz de detetar sinais de intoxicação, com um novo algoritmo de Inteligência Artificial que identifica níveis de embriaguez com uma precisão de 75%.
O novo sistema de identificação facial deteta condutores embriagados antes de estes poderem conduzir na estrada. O sistema utiliza câmaras normais de automóvel, que são frequentemente utilizadas como câmaras de bordo.
Num novo estudo, publicado em abril no IEEE Xplore, os investigadores puseram o sistema à prova com 60 voluntários. Durante o estudo, cada voluntário utilizou um simulador de condução enquanto uma câmara de vídeo gravava os seus rostos.
Segundo o Live Science, o novo projeto vai além dos atuais métodos assistidos por computador, que se baseiam em comportamentos observáveis, como padrões de direção, utilização de pedais e velocidade do veículo.
Nos atuais métodos, estes dados só podem ser recolhidos e processados quando o veículo está em movimento durante um longo período de tempo.
O novo projeto, no entanto, utiliza uma câmara a cores que observa variáveis com a direção do olhar e a posição da cabeça.
“O nosso sistema tem a capacidade de identificar os níveis de intoxicação no início da condução, o que permite evitar potencialmente a presença na estrada destes condutores”, realça a primeira autora do estudo Ensiyeh Keshtkaran, em comunicado.
Os voluntários conduziram em três níveis de intoxicação: sóbrio, pouco intoxicado e gravemente intoxicado. Após os testes de condução, um algoritmo baseado na aprendizagem de máquinas identificou as características visuais reveladoras de cada nível de intoxicação.
“Embora estejam em curso esforços para integrar sistemas de deteção de álcool no condutor em futuras gerações de veículos, e o surgimento dos carros autónomos esteja para breve, a questão persistente da condução sob o efeito do álcool continua a ser uma grande preocupação“, acrescenta.
A equipa espera melhorar a resolução dos dados de imagem que o algoritmo recebe, permitindo-lhe fazer previsões mais precisas.
“Se os vídeos de baixa resolução se revelarem suficientes, esta tecnologia pode ser utilizada por câmaras de vigilância instaladas na berma da estrada”, conclui o autor principal do estudo, Syed Gilani.
Esta descoberta representa um avanço significativo neste tipo de tecnologia, uma vez que consegue identificar os níveis de intoxicação antes mesmo de o carro se mover, pelo que pode abrir caminho a um futuro em que os carros inteligentes não arranquem com um condutor alcoolizado ao volante.
Eu conduzo de capacete