Doadores conservadores terão sido abordados para cobrir os custos de creche do filho de Boris Johnson, Wilfred, de acordo com o jornal britânico Sunday Times.
Um deputado conservador não identificado recebeu uma reclamação de um apoiante que foi convidado a pagar por uma ama para o menino de um ano, segundo adiantou o jornal britânico Sunday Times.
“Não me importo de pagar por folhetos, mas fico ofendido por ter de pagar para literalmente limpar o traseiro do bebé do primeiro ministro”, terá dito o apoiante.
Por seu lado, uma porta-voz do número 10 de Downing Street disse que “o primeiro-ministro cobriu o custo de todos os cuidados infantis.”
Já o secretário de Relações Exteriores, Dominic Raab, disse que “não tem ideia” se a alegação é verdadeira e considerou-a uma “mexerico”. “Não tenho ideia, não se tem conversas assim com o primeiro-ministro. Não posso comentar cada pequeno mexerico que está nos jornais. É um exemplo de tagarelice.”
A reportagem do Sunday Times também afirma que conservadores pagaram uma conta de 165 libras por hora ao treinador pessoal do primeiro-ministro e a um chef quando Boris Johnson foi hospitalizado com covid-19.
Estas alegações surgem numa altura de crescentes críticas sobre a reforma do apartamento n.º 11 de Boris Johnson.
O ex-assessor Dominic Cummings, que deixou o seu cargo no ano passado, disse que o primeiro-ministro britânico queria que os doadores “pagassem secretamente” pelo trabalho numa ação “antiética, tola e possivelmente ilegal”.
As investigações sobre como a reforma do apartamento de Johnson foi financiada estão a ser conduzidas por Simon Case, o chefe do serviço público, Lord Geidt, o conselheiro independente para os interesses dos ministros, e a Comissão Eleitoral.
A equipa do Partido Conservador também teve uma semana para entregar todas as comunicações relacionadas com as reformas do apartamento de Boris Johnson ou enfrentar consequências criminais.
Os jornais The Times e o The Sun relataram que todos os funcionários do Partido Conservador receberam um e-mail dos recursos humanos em nome de Alan Mabbutt, um oficial sénior e oficial jurídico registado, sobre o inquérito da comissão, notificando que “é uma investigação criminal“.