Nova Iorque quer proibir imposto sob produtos femininos para combater discriminação

O governador do estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos (EUA), Andrew Cuomo, anunciou no domingo que quer eliminar o chamado “imposto rosa”, o preço mais alto que algumas marcas cobram pelos produtos femininos, em comparação com bens e serviços semelhantes para os homens.

“As mulheres não devem ser diferenciadas a vida inteira por causa do seu sexo”, disse o governador em comunicado. “É discriminatório e repugnante para os nossos valores e estamos a colocar um fim nisso”, acrescentou, citado esta terça-feira pela RT.

A medida se aplicaria a determinados produtos, como giletes e champôs, e faz parte das propostas para 2020. As empresas teriam então que publicar as listas de preços para serviços padrão e enfrentarar penalidades civis se não cumprirem os regulamentos.

“Por muito tempo, mulheres e meninas enfrentam discriminação social e económica em todos os aspetos das suas vidas, mas em Nova Iorque estamos a liderar a luta pela verdadeira equidade de género”, afirmou Andrew Cuomo.

Em 2016, o governante assinou uma lei que proibe um imposto sobre produtos de higiene menstrual, tornando Nova Iorque um dos primeiros estados norte-americanos a fazê-lo.

Em 2015, o Departamento de Assuntos do Consumidor (DCA) de Nova Iorque conduziu um estudo de preços, onde foram comparados quase 800 produtos com versões masculinas e femininas similares, de mais de 90 marcas.

O resultado mostrou que, em média, “os produtos femininos custam 7% mais que os produtos similares para homens”. Além disso, no caso de produtos de cuidados pessoais, aqueles destinados a mulheres são 13% mais caros do que os destinados ao sexo oposto.

ZAP //

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