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Encontrados fósseis de nova espécie de lagarto marinho gigante

(dr) Andrey Atuchin

Recriação da Pluridens serpentis.

Paleontólogos encontraram fósseis de uma nova espécie de mosassauros em Marrocos. Este lagarto marinho tinha cerca de oito metros de comprimento.

Uma equipa de investigadores encontrou fósseis de uma nova espécie de mosassauros (lagartos marinhos extintos), denominada Pluridens serpentis, em Marrocos. Foram descobertos dois crânios completos e mandíbulas.

Num estudo publicado na revista científica Cretaceous Research, os autores descrevem a nova espécie, que viveu durante o período Cretáceo e estava “a florescer” do ponto de vista evolutivo. O impacto de um asteróide há 66 milhões de anos, aniquilou a espécie juntamente com várias outras.

“A diversidade destes fósseis é assombrosa. Os mosassauros estavam a alcançar o seu ponto máximo quando foram extintos […]. Não encontramos nenhuma evidência de que este grupo estava a ter problemas. Do ponto de vista evolutivo, estavam a ter êxito, porém, não estavam preparados para um asteróide“, escreve o autor principal do artigo, Nick Longrich.

A criatura marinha tinha mandíbulas compridas e delgadas com numerosos dentes pequenos em forma de gancho, como uma cobra, para agarrar pequenas presas como peixes e lulas, explica o portal Sci-News.

Embora a maioria dos seus parentes fossem pequenos, com apenas alguns metros de comprimento, a nova espécie marroquina tinha talvez oito metros de comprimento.

Os investigadores sugerem que esta nova espécie tinha a capacidade de sentir os movimentos da água e as mudanças na pressão, permitindo-lhes caçar com mais facilidade. Esta habilidade compensava pela sua fraca visão, causada pelos seus olhos pequenos.

“Regra geral, quando os animais desenvolvem olhos pequenos, é porque dependem mais de outros sentidos […]. O facto de a espécie ter tantos nervos no focinho pode significar que usava mudanças na pressão da água para detetar animais em condições com pouca luz, seja à noite ou em águas profundas e escuras”, explicou o autor, citado pela Sputnik News.

Daniel Costa, ZAP //

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