Segunda derrota consecutiva do Sporting na Primeira Liga, terceira em todas as competições. Após o desaire caseiro ante o Santa Clara, o “leão” ia a Moreira de Cónegos dar uma sapatada na crise.
O Sporting até marcou primeiro, por Viktor Gyökeres, de grande penalidade, teve mais bola e rematou mais, em especial no segundo tempo, mas esteve desinspirado no ataque, com apenas dois remates enquadrados, um deles na sequência do penálti.
Mais um pesadelo leonino, a primeira parte em Moreira de Cónegos.
Uma vez mais, tal como aconteceu ante o Santa Clara, o Sporting teve mais bola, mais iniciativa, mas o seu ataque denotava falta de velocidade nas trocas e bola e o Moreirense ia resolvendo.
Uma falta de Marcelo sobre Gyökeres na área deu ao sueco a possibilidade de abrir o activo, algo que não desperdiçou.
Porém, a reacção dos cónegos foi tremenda, com Dinis Pinto e Schettine a marcarem e a darem a volta ao marcador.
Ao descanso o “leão” tinha números superiores em quase tudo, mas os remates enquadrados acabaram por fazer a diferença.
O Sporting melhorou bastante o controlo do jogo no segundo tempo, cortando com competência a maioria das transições do Moreirense e apertando no ataque, registando mesmo dois disparos à trave.
Os “leões” remataram muito na etapa complementar, mas pontaria é que não existia, com os disparos enquadrados a não aparecerem. E só apareceu mais um até final, sem efeito, confirmando a queda acentuada do “leão” — que sai de Moreira de Cónegos com uma derrota por 2-1.
O Jogo em 5 Factos
1. Pontaria desafinada
Uma equipa que quer vencer não pode ter tantos remates desenquadrados. É verdade que o Sporting acertou duas vezes na barra, mas no final contabilizou 16 disparos e só dois enquadrados, tendo um saído da grande penalidade que deu o golo leonino.
2. “Leão” muito faltoso
O jogo não correu bem ao Sporting e tal nota-se também na quantidade de faltas que cometeu. Pode ser visto até como prova de agressividade e vontade dos seus jogadores, mas a verdade é que os lisboetas fixaram o seu novo máximo de infracções num jogo desta Liga, nada menos que 15, quando a média da equipa até aqui era de dez.
3. Alívio puro e duro
A pressão leonina chegou a ser sufocante na segunda parte, com muitos cruzamentos, e esse facto obrigou o Moreirense a recorrer ao alívio puro e duro, por vezes “para as couves”, para afastar o perigo. De tal forma que os minhotos fixaram um novo máximo da Liga de alívios numa só partida, nada menos que 57.
4. Sporting aposta no cruzamento
Como referimos no ponto anterior, o Sporting apostou forte nos cruzamentos de bola corrida para tentar chegar ao golo. Ao todo foram 23, igualando o máximo da equipa nesta Liga, quando a média era de cerca de 12. Só dois desses centros tiveram eficácia e esses foram para as zonas mais afastadas da baliza.
5. Sporting a tremer no passe
O Sporting realizou 572 passes ao longo da partida, mas nem sempre esteve bem neste capítulo, pelo que terminou com 76 entregas incompletas, novo máximo da equipa, quando a média até este jogo era de 60.
Melhor em Campo
Já se viu o sueco a aproximar-se novamente da sua melhor versão. Não apenas pelo golo, marcado de penálti, mas pelo que deu à equipa.
Gyökeres foi o mais rematador, com quatro disparos, criou uma ocasião flagrante em seis passes para finalização (máximo), recebeu 19 passes progressivos (valor mais elevado), somou sete acções com bola na área contrária, ganhou quatro de seis duelos aéreos aéreos ofensivos e sofreu falta para penálti.
De negativo os 14 passes falhados, máximo do desafio.
Resumo
// GoalPoint