Norueguesa é primeira mulher à frente de “capacetes azuis” da ONU

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Kristin Lund, comandante da Força das Nações Unidas encarregada da manutenção de paz em Chipre - UNFICYP

Kristin Lund, nova comandante da Força das Nações Unidas encarregada da manutenção de paz em Chipre – UNFICYP

O secretário-geral da ONU nomeou a general de divisão norueguesa Kristin Lund para o comando da Força das Nações Unidas encarregada da manutenção de paz em Chipre (UNFICYP), anunciou a organização internacional.

A norueguesa Kristin Lund, de 56 anos, será a primeira mulher a assumir o comando de uma força de manutenção de paz da ONU e assumirá o comando em meados de agosto, sucedendo ao general chinês Chao Liu.

Kristin Lund conta com 34 anos de experiência no Exército norueguês e nas forças das Nações Unidas. Na sua carreira militar constam o posto de comandante-chefe adjunto do Exército de Terra norueguês, entre 2007 a 2009, e o posto de chefe do Estado-Maior da Guarda Nacional norueguesa.

Também serviu nos ‘capacetes azuis’ na FINUL, no Líbano, e na FORPRONU (Força de Proteção das Nações Unidas) na ex-Jugoslávia.

A UNFICYP foi criada em março de 1964, na sequência de uma explosão de violência entre as comunidades cipriota grega e cipriota turca, para impedir o recomeço dos combates.

A força, que integra 930 soldados e 66 polícias, está presente na ilha para monitorizar o cessar-fogo e a zona-tampão (zona que marca a divisão entre cipriotas gregos e cipriotas turcos e que está sob controlo da ONU), mas também para realizar atividades humanitárias.

Situada no Mediterrâneo oriental, a ilha de Chipre está dividida em duas partes desde a invasão do norte pela Turquia, em julho 1974, em reação a um golpe de Estado liderado pelos nacionalistas cipriotas gregos que pretendiam integrar o território na Grécia.

A República Turca de Chipre do Norte (RTCN, autoproclamada em 1983 e que abrange cerca de um terço do território), é apenas reconhecida por Ancara.

Uma primeira tentativa de reunificação falhou em 2004 — os cipriotas gregos recusaram as condições para a realização de um referendo -, e as negociações sob a égide das Nações Unidas revelaram-se infrutíferas e foram interrompidas em 2012.

As negociações diretas entre o norte e o sul foram retomadas em fevereiro último.

/Lusa

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