Um tribunal indiano admitiu a julgamento um processo contra o cientista e Nobel da Paz Rajendra Kumar Pachauri, por assédio sexual.
A juíza Shivani Chauhan, de Nova Déli, afirmou este sábado que o “tribunal possui material suficiente para processar Pachauri”, acusado de assédio sexual, perseguição e intimidação de uma ex-funcionária.
“Há alegações contra o acusado de que teceu em várias ocasiões observações de carácter sexual à litigante, tocou-a de forma inadequada, apesar de claros gestos de desacordo, e enviou-lhe mensagens inapropriadas”, afirmou a juíza.
Segundo o The Guardian, a polícia recolheu 1400 páginas de provas contra Pachauri, incluindo SMS e emails do cientista e o depoimento de 23 testemunhas.
Pachauri deverá apresentar-se a Tribunal a 11 de julho, declarou a magistrada, citada pela agência de notícias indiana PTI.
Proeminente investigador na área ambiental, Rajendra Kumar Pachauri, de 75 anos, ex-director do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, foi Prémio Nobel da Paz em 2007.
Há um ano, o cientista foi acusado de assédio sexual por uma funcionária, de 29 anos, quando dirigia o Instituto de Energia e Recursos de Nova Déli.
Uma segunda funcionária do Instituto denunciou recentemente o cientista pelo mesmo motivo.
Pachauri nega as acusações, mas, após as denúncias, renunciou à presidência do IPCC da ONU.
Em 2007, Pachauri recebeu o Prémio Nobel da Paz, em conjunto com o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, pelos seus esforços por um maior conhecimento sobre a mudança climática.
ZAP