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Ondas gravitacionais de Einstein deram Nobel da Física a três cientistas

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Shawn Thew / EPA

Rainer Weiss (à esquerda) e Kip Thorne (à direita), dois dos vencedores do Prémio Nobel da Física 2017 pelas descobertas sobre ondas gravitacionais

O prémio Nobel da Física 2017 foi atribuído a três cientistas por descobertas sobre ondas gravitacionais, ondulações do espaço-tempo, antecipadas há um século por Albert Einstein na sua Teoria da Relatividade Geral.

Os astrofísicos norte-americanos Rainer Weiss, Kip Thorne e Barry Barish partilham o Prémio Nobel da Física pelos seus contributos decisivos para a observação de ondas gravitacionais, que abrem uma nova janela para o conhecimento do universo.

Os três cientistas são responsáveis pelo Observatório de Interferometria Laser de Ondas Gravitacionais (LIGO, na sigla inglesa), que tem como principal missão observar ondas gravitacionais de origem cósmica.

O júri do Prémio Nobel destacou os seus “contributos decisivos” para a observação de ondas gravitacionais, que são considerados um avanço fundamental na investigação que vem confirmar o que antecipou Albert Einstein na sua Teoria da Relatividade Geral.

Os três cientistas foram fundamentais para a primeira observação de ondas gravitacionais em setembro de 2015. Quando a descoberta foi anunciada vários meses depois, foi considerada uma descoberta que abalou o mundo científico.

As ondas gravitacionais são ondulações extremamente fracas no tecido do espaço e do tempo, geradas por alguns dos eventos mais violentos do universo. As ondas foram detetadas pelos laureados na sequência de uma colisão de dois buracos negros a cerca de 1,3 mil milhões de anos-luz de distância.

Rainer Weiss recebe metade do montante do Prémio Nobel, no valor total de quase um milhão de euros, e Thorne e Barish dividirão a outra metade.

Os três físicos tinham sido este ano distinguidos com o Prémio Princesa das Astúrias para a Investigação Científica e Técnica.

Rainer Weiss, que nasceu em Berlim, Alemanha, trabalha no MIT – Instituto Tecnológico de Massachusetts, enquanto Barry Barish e Kip Thorpe, ambos nascidos nos EUA, trabalham no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).

No ano passado, o Nobel da Física distinguiu os britânicos David Thouless, Duncan Haldane e Michael Kosterlitz “pelas descobertas teóricas das transições das fases topológicas da matéria”.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Não acredito na existência de ondas gravitacionais. Tem de ser fluxos de partículas subatómicas ultra leves. Ondulações subtis no tecido espacial? O espaço alberga matéria, não é uma entidade material; logo, não tem ondulações, distorções, alongamentos ou contrações. É apenas o teatro de operações onde se movimenta toda a matéria. O tecido espacial é uma invenção de Einstein, não é uma certeza absoluta. A gravidade ainda não se fundiu com a teoria padrão porque se insiste que a gravidade é apenas curvatura espacial. O gravitão há de ser descoberto e então a unificação das quatro forças fundamentais ocorrerá com naturalidade. Para isso é necessário desenvolver uma teoria unificadora das quatro forças. Tenho a sensação que os físicos teóricos, astrofísicos e astrónomos, são um bocadinho obcecados pela teoria da relatividade.

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