Francisco Assis: “Ninguém duvida de que Costa será candidato em 2023”

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Miguel A. Lopes / Lusa

O ex-eurodeputado do Partido Socialista, Francisco Assis

O presidente do Conselho Económico e Social (CES) acredita que o secretário-geral socialista e atual primeiro-ministro vai ser o candidato do PS às eleições de 2023.

“Estou absolutamente convencido – e eu não tenho nenhuma função e a minha voz não conta absolutamente nada no PS – que em 2023 o PS vai apresentar como seu líder António Costa. Sobre isso não tenho grande dúvidas”, afirma Francisco Assis em entrevista ao jornal online Observador.

“Acho que vai ser o candidato do PS e depois logo se vê o que vai acontecer. Em 2024 especula-se que poderá vir a desempenhar ou ser convidado para exercer um cargo europeu. Acho que essa possibilidade é elevadíssima porque conheço muito bem a Europa”, diz ainda o atual presidente do Conselho Económico e Social.

E quem é que vai suceder a Costa na liderança do PS? Assis considera que “o PS até tem muitas figuras” e não apenas as “quatro figuras de que habitualmente se fala” (Ana Catarina Mendes, Pedro Nuno Santos, Fernando Medina e Mariana Vieira da Silva).

Uma coisa é certa. O ex-eurodeputado socialista defende que “quem ascende à liderança por indicação do líder que o antecedeu normalmente falha” e isso dá “mau resultado até com pessoas brilhantes”. “O líder tem de ganhar legitimidade própria”, afirma.

Mas Assis diz conhecer “suficientemente bem António Costa para saber que tem a mesma posição” que ele em relação a este assunto e, por isso, não vai haver “nenhum processo de sucessão, mas de eleição”.

O presidente do CES revelou ainda que não conhece as quatro pessoas na calha da mesma forma mas, das que conhece, acha que “têm qualidade” para ocupar o cargo.

“A que conheço claramente melhor é Ana Catarina Mendes, que trabalhou comigo sempre que eu fui líder parlamentar. Também conheço razoavelmente bem Pedro Nuno Santos e Fernando Medina e conheço menos bem Mariana Vieira da Silva, mas isso é natural. Mas também estou certo que não exerceria as funções que exerce se não tivesse qualidades”, declara, acrescentando que a verdade é que é ministra e a “capacidade política também se vai construindo ao longo do tempo“.

ZAP //

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