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Neymar, nem lago… Craque brasileiro multado em três milhões de euros por crimes ambientais

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O futebolista Neymar foi multado em três milhões de euros por “dezenas” de crimes ambientais, na construção de um lago artificial, na mansão do jogador, em Mangaratiba, no Brasil.

A Câmara Municipal de Mangaratiba, nos subúrbios da cidade brasileira do Rio de Janeiro, multou o futebolista internacional Neymar em 16 milhões de reais – pouco mais de três milhões de euros -, por construir um lago artificial sem licença.

De acordo com um comunicado, a autarquia disse ter aplicado quatro multas por “infrações ambientais na construção de um lago artificial na mansão do jogador”.

O valor total das multas, “mais de 16 milhões de reais”, foi definido pelo Ministério Público de Mangaratiba, região turística localizada a cerca de 130 quilómetros do Rio de Janeiro, referiu a secretaria da Câmara.

Entre as “dezenas de infrações” identificadas, as autoridades citaram “a execução de obras sujeitas a controlo ambiental sem autorização”, a captação e desvio de água de rio sem autorização e “a remoção de terrenos e a supressão de vegetação sem autorização”.

O jogador do Paris Saint-Germain, de França, tem 20 dias para recorrer da sanção, cujo valor inicialmente foi fixado em cinco milhões de reais – quase um milhão de euros.

A 22 de junho, na sequência de denúncias nas redes sociais, as autoridades constataram várias infrações ambientais na propriedade de luxo do jogador, onde os trabalhadores construíam um lago artificial e uma praia.

As autoridades fecharam o local e ordenaram a suspensão de todas as atividades, mas a imprensa brasileira avançou que, mais tarde, Neymar acabaria por dar uma festa na mansão e tomar banho no lago.

Em dezembro, o futebolista foi ilibado por um tribunal espanhol num processo em que era acusado de irregularidades na transferência do Santos para o FC Barcelona em 2013.

Em causa estavam crimes de corrupção e fraude, a par dos pais do jogador, que lhe gerem a carreira.

Os juízes do tribunal provincial de Barcelona decidiram absolver Neymar, e mais oito acusados no mesmo processo, considerando não existir evidência de delito e, assim, “dano aos queixosos”.

Além de Neymar e dos pais, também os ex-presidentes do FC Barcelona, Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu, e um antigo dirigente do Santos, Odílio Rodrigues, estavam entre os acusados.

A decisão surgiu um mês e meio depois de o Ministério Público espanhol ter retirado todas as acusações de corrupção e fraude contra Neymar, por considerá-las “presunções sem evidências“.

O Ministério Público tinha pedido inicialmente dois anos de prisão e uma multa de 10 milhões de euros contra o futebolista brasileiro.

O caso foi desencadeado pela queixa da DIS, detentora de 40% dos direitos de Neymar quando jogava no Santos, e que o levou à justiça em junho de 2015, alegando que o jogador, a família e o Santos tinham escondido o real valor da transferência, em prejuízo dessa empresa.

ZAP // Lusa

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